Medicamentos em Gestações de Mães de Crianças Portadoras de Cardiopatia Congênita: Avaliação do Seu Uso e Potenciais Riscos

2014 
Referencia: Silveira, F.R.; Ferreira, G.D.; Jakimiu, A.R.; de Souza, L.A.C.; da Silva, J.N.; Rosa, R.F.M.; Zen, P.R.G.;. Medicamentos em Gestacoes de Maes de Criancas Portadoras de Cardiopatia Congenita: Avaliacao do Seu Uso e Potenciais Riscos. In: II Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar II CBMH [= Blucher Medical Proceedings, vol.1, num.5] Sao Paulo: Editora Blucher, 2014. p.74 DOI 10.5151/medpro-II-cbmh-071 Introducao: a etiologia das cardiopatias congenitas (CCs) e pouco compreendida. Contudo, os teratogenos quimicos, como os medicamentos, merecem destaque especial pelo amplo consumo pela populacao. Nosso objetivo foi avaliar o uso de medicamentos em gestacoes de maes de pacientes portadores de CC. Metodo: a amostra foi constituida de pacientes consecutivos, com CC, avaliados em sua primeira hospitalizacao em uma unidade de tratamento intensivo cardiaca de um hospital pediatrico de referencia do Sul do Brasil, no periodo entre 2005-2006. Os pacientes foram submetidos a exame de cariotipo de alta resolucao e a tecnica de hibridizacao in situ fluorescente (FISH) para a delecao 22q11. Foram incluidos no estudo apenas os pacientes nos quais se realizou ambos os exames. Os dados foram coletados a partir de um protocolo clinico, que avaliou dados referentes a gestacao dos pacientes, dando-se enfase ao uso de medicamentos. Estes foram divididos de acordo com a classificacao do Food and Drug Administration (FDA). Resultados: A amostra foi composta de 198 pacientes, 52% do sexo masculino, com idade variando de 1 a 4934 dias. O uso de medicamentos no 1o trimestre de gestacao foi relatado por 32,4% das maes, seguidos de 37,7% no 2o trimestre e 35,8% no terceiro trimestre. De acordo com a classificacao do FDA, medicamentos da classe A foram relatados por 28,4 % das maes, seguidos de 35,8% da classe B, 24,5% da classe C, 10,8% da classe D e 2,5% da classe X, sendo que muitas maes utilizaram mais de um medicamento pertencentes a classes de risco distintas durante o periodo gestacional. Dos 198 pacientes, 166 (83,8%) apresentaram exame de cariotipo e de FISH normais. Destes, 133 (80,1%) possuiam cardiopatia congenita nao associada a sindromes. Relato do uso de medicamentos no primeiro trimestre de gestacao esteve presente em 43 (32,3%) destes pacientes. Medicamentos da categoria D foram relatados em 12 casos (9%) e da categoria X em 2 (1,5%). Conclusoes: observamos uma demasiada utilizacao de medicamentos das classes D e X, que possuem um potencial teratogenico, sobretudo no 1o trimestre de gestacao. E isto ocorreu apesar do acompanhamento pre-natal (descrito em 92,4% dos casos), e do fato de que muitos dos medicamentos utilizados necessitam de prescricao medica para serem adquiridos. Assim, sugerimos a necessidade de um maior esclarecimento as maes e, talvez, ate aos proprios medicos, sobre os riscos dos efeitos teratogenicos de certas medicacoes. Resumo
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