A (des)conhecida disbiose intestinal

Estudo que aborda a disbiose intestinal, seus sintomas e possiveis tratamentos. Baseou-se em pesquisas a respeito do tema, tendo em vista sua originalidade e escassa literatura cientifica disponivel. A disbiose intestinal caracteriza-se por uma disfuncao colonica, na qual ocorre predominio das bacterias patogenicas sobre as bacterias beneficas (ALMEIDA et al ., 2009). O tratamento consiste em utilizar prebioticos e probioticos, a fim de reequilibrar a colonia bacteriana que compoe a microbiota intestinal, combinados com uma alimentacao e estilo de vida saudaveis. O Kefir e uma bebida probiotica resultante da fermentacao do leite por bacterias e leveduras. Dentre seus efeitos terapeuticos, destaca-se sua atuacao no trato gastrintestinal, restaurando a microbiota intestinal e aumentando as bacterias beneficas (lactobacilos e bifidobacterias) (WESCHENFELDER, CARVALHO, WIEST, 2010). O trabalho teve como principal objetivo analisar a disbiose intestinal em participantes do Programa de Assistencia Integral a Melhor Idade ? PAIMI, da Universidade Tiradentes ? UNIT, antes e depois do uso do probiotico ?Kefir?. Apresentou como procedimentos de pesquisa, alem do estudo bibliografico, a realizacao de encontros com os participantes, em que foram realizadas entrevistas e questionarios de rastreamento metabolico, a analise sensorial do probiotico ?Kefir?, bem como a sua analise microbiologica.A amostra foi composta por 40 mulheres entre 61 e 89 anos. Constatou-se um indicativo de hipersensibilidade alimentar quanto ao rastreamento metabolico (media de 60,58±28,45), o que indicou um cenario de disbiose intestinal nessas mulheres. Em relacao a analise microbiologica, foi feita a verificacao de coliformes fecais totais, Staphylococcus aureus, Salmonella SP, Shigella,E. coli e contagem de mesofilos. A analise se deu em amostras de dois tipos de leite (UHT e pasteurizado) e em diferentes tempos de fermentacao (12 e 24 horas).Os resultados deram positivos para Staphylococcus aureus e E. coli. Diante disso, constatamos que o probiotico ?Kefir? analisado era improprio para consumo, impossibilitando assim a distribuicao do mesmo para as idosas.