Precarização do trabalho no setor de eventos: um estudo inicial sobre os impactos para os trabalhadores e empresas:

2020 
Esse trabalho tem como objetivo discutir a precarizacao nas relacoes de trabalho em um dos ramos mais relevantes do turismo: o setor de eventos. Apesar de ocupar posicao economica estrategica e proporcionar visibilidade dos destinos no mercado global, o setor se mantem, em grande parte, atraves de relacoes de trabalho terceirizadas, temporarias e informais. Essas relacoes sao advindas do modelo financeiro internacional, de acumulacao flexivel do capital, onde o contrato de trabalho com todos os direitos e obrigacoes previamente definidos e inalterados ao longo de sua duracao, vem sendo trocado por modelos menos rigidos, a partir da chamada ‘reestruturacao produtiva’. Para exemplificar essas relacoes, foi analisada uma empresa localizada no Rio de Janeiro (RJ), especializada em orientacao de publico em eventos e seus contratados. Verificou-se a percepcao de clientes e funcionarios sobre os servicos prestados e a percepcao dos trabalhadores freelancers sobre a contratacao e estrategias de capacitacao. Identificou-se elementos pouco criteriosos na contratacao dos funcionarios e no treinamento destes, demonstrando fortes indicios de precarizacao nas relacoes trabalhistas estabelecidas entre empresa e trabalhadores, incluindo remuneracao com valores baixos e longas jornadas de trabalho. Apesar disso, a empresa parece nao se importar com as consequencias na qualidade do servico prestado, ja que o regime de terceirizacao acaba mitigando a percepcao da responsabilidade pelo servico prestado e, consequentemente, gerando poucos danos a imagem da empresa perante o publico. Palavras-chave: Eventos.  Precarizacao do Trabalho. Reestruturacao Produtiva.
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