AVALIAÇÃO FITOQUÍMICA E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO ALCOÓLICO DAS FOLHAS DO MAMÃOZINHO-DO-MATO (Vasconcella quercifolia A.ST.HILL)

2016 
O mamaozinho-do-mato ( Vasconcellea quercifolia A. St. Hill ) e uma especie nativa do Brasil pertencente a familia Caricaceae, a qual ocorre predominantemente desde Goias e Minas Gerais ate o Rio Grande do Sul. Os frutos sao adocicados e semelhantes ao mamao papaia, embora menores, sendo por isto utilizados in natura ou na forma de sucos. Alem dos frutos, o tronco e utilizado pela populacao na fabricacao de doces, e as folhas quando jovens sao comestiveis. Apesar disto, poucos estudos tem sido realizados sobre seus componentes fitoquimicos e uma possivel capacidade antioxidante contra a acao oxidante dos radicais livres. Devido a estes fatos, o objetivo deste trabalho foi identificar preliminarmente os principais componentes quimicos presentes nas folhas da Vasconcella quercifolia e avaliar sua atividade antioxidante. Para isto, exemplares da planta foram coletadas no municipio de Encantado, RS. O extrato foi preparado no Laboratorio de Fitoquimica da ULBRA a partir de folhas secas, as quais foram submetidas a maceracao utilizando metanol, seguido de filtracao e, apos, o extrato obtido foi concentrado em um evaporador rotatorio. Para realizacao do screening fitoquimico, foi analisada a presenca de alcaloides, saponinas, cumarinas, taninos, flavonoides e antraquinonas de acordo com Simoes et al . (2007). Uma analise quantitativa do teor de compostos fenolicos e flavonoides totais tambem foi realizada. A capacidade antioxidante do extrato alcoolico foi avaliada in vitro frente ao radical livre DPPH (1, 1-diphenyl-2-picrylhydrazyl), em espectrofotometro a 518 nm. Um controle negativo (metanol + DPPH), um branco (extrato em metanol) e um controle positivo (quercetina + DPPH) foram utilizados neste ensaio. As analises foram realizadas em triplicata. Os resultados obtidos preliminarmente sugerem a presenca de flavonoides, alcaloides e saponinas. Cumarinas, antraquinonas e taninos nao foram detectados. O resultado do teste antioxidante com DPPH mostrou um valor de IC 50 =679,04 ± 14,64 µg/mL, demonstrando baixa capacidade do extrato em capturar especies reativas. Estes dados nos sugerem que o baixo teor de compostos fenolicos (41,35±3,79 mg/g) e flavonoides (7,33±0,25 mg/g) reconhecidamente considerados antioxidantes, sejam os responsaveis pela pouca capacidade antioxidante do extrato. No entanto, mais estudos sao necessarios para avaliar a toxicidade e seguranca pelo uso de suas folhas pela populacao, bem como os frutos devem ser analisados quanto a sua capacidade antioxidante.
    • Correction
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []