TEMPERATURA E INOCULAÇÃO DE PENICILLIUM SP. EM LIMÕES CRAVO NA PODRIDÃO PÓS-COLHEITA

2016 
Fungos do genero Penicillium tem grande facilidade em se propagar no ambiente e em diversos alimentos, causando sua degradacao. Perdas no pos-colheita estao associadas a presenca deste fungo, que torna inviavel o consumo dos frutos. Esse estudo foi realizado com o objetivo de analisar a relacao de diferentes temperaturas e formas de inoculacao de Penicillium sp. em limoes “cravo” no desenvolvimento da podridao em pos-colheita. A metodologia constituiu na realizacao de tres experimentos no Laboratorio de Fitopatologia e Microbiologia do Solo/Campus Itaqui/UNIPAMPA. O isolado de Penicillium utilizado nos experimentos foi retirado de um limao com sintomas de podridao. O fungo foi mantido em meio de cultura BDA (batata, dextrose e agar) a 25o C, em câmara climatizada, para seu desenvolvimento. Posteriormente foram organizados os experimentos colocando-se os limoes, que passaram pela triplice lavagem,individualizados em beckers de 500 mL,fechados com papel filme. Utilizando-se para todos os experimentos quatro repeticoes, sendo que cada repeticao continha um limao/becker. No primeiro experimento foi colocado um disco de BDA de 8mm de diâmetro, contendo esporos e hifas do fungo, sobre os limoes. No segundo experimento foram utilizadas duas formas de inoculacao: discos e suspensao de esporos (1mL/limao). Para a suspensao de esporos foi utilizada uma placa contendo BDA e o fungo crescido por 7 dias sobre o meio. Para desprender as estruturas do fungo do meio de cultura utilizou-se alca de drigalski de vidro e2mL de agua destilada e esterilizada. No terceiro experimento foram utilizados discos de BDA com esporos e hifas do fungo sobre a casca e os gomos dos limoes. A casca foi separada dos gomos de cada limao para comporem repeticoes diferentes. Como tratamento controle, foram acrescentados limoes sem a presenca do fungo, nos tres experimentos. Os beckers foram organizados em câmaras climatizadas, nas temperaturas de 7,15, 25 e 30oC, onde permaneceram durante sete dias e posteriormente foram avaliados quanto a podridao causada pelo patogeno nos frutos. Nos experimentos com os frutos inteiros, nas duas formas de inoculacao, com discos de BDA ou suspensao de esporos de Penicillium, os limoes nao apresentaram sintomas de podridao. Ocorreu em alguns casos o desenvolvimento de fungos contaminantes que estavam previamente infectando os tecidos dos frutos e que nao foram suprimidos na triplice lavagem. A temperatura influenciou, pois a 7 e 30 oC nao ocorreu o desenvolvimento de qualquer fungo e na temperatura mais alta, os discos de meio contendo o fungo desidrataram. No experimento onde os gomos foram expostos, observou-se a podridao em 100% das repeticoes em tres temperaturas, nao tendo desenvolvido apenas a 7 oC. Observou-se que a podridao ocasionada por Penicillium em pos-colheita deve ocorrer devido ao contato do fruto com o fungo no ambiente, contendo injurias na casca. Portanto, a forma de inoculacao do fungo Penicillium sp. e a temperatura nao interferem no desenvolvimento da doenca em frutos de limao “cravo” inteiros. A temperatura influencia na ocorrencia da podridao em gomos desse limao quando expostos ao fungo Penicillium sp.
    • Correction
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []