Bullying e fatores associados em adolescentes da Região Sudeste segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar

2016 
RESUMO: Objetivo: Estimar a prevalencia de bullying, sob a perspectiva da vitima, em escolares da Regiao Sudeste e analisar sua associacao com variaveis individuais e de contexto familiar. Metodos: Analisadas informacoes de 19.660 adolescentes da Pesquisa Nacional de Saude do Escolar (PeNSE), calculando-se associacao entre bullying e variaveis sociodemograficas, comportamentos de risco, saude mental e contexto familiar. Foram realizadas analises multivariadas e efetuado calculo odds ratio (OR), com respectivos valores de intervalo de confianca (IC95%). Resultados: A prevalencia de bullying foi de 7,8% (IC95% 6,5 - 9,2). Apos o ajuste, foi constatada a sua associacao com: os escolares menores de 13 anos (OR = 2,40; 1,4 - 3,93) (p < 0,001); a protecao para estudantes de 14, 15 e 16 anos (p < 0,0001); o sexo masculino (OR = 1,47 IC95% 1,35 - 1,59); a cor preta (OR = 1,24 IC95% 1,11 - 1,40); a cor amarela (OR = 1,38 IC95% 1,14 - 1,6); os alunos de escola privada (OR = 1,11 IC95% 1,01 - 1,23) e os alunos que trabalham (OR = 1,30 IC95% 1,16 - 1,45). Maior escolaridade das maes mostrou-se fator protetor em todas as faixas. Foram considerados de risco: sentir-se sozinho (OR = 2,68 IC95% 2,45 - 2,94), ter insonia (OR = 1,95 IC95% 1,76 - 2,17), nao ter amigos (OR = 1,47 IC95% 1,24 - 1,75), sofrer agressao fisica dos familiares (OR = 1,83 IC95% 1,66 - 2,03), faltar as aulas sem avisar aos pais (OR = 1,23 IC95% 1,12 - 1,34), alem de supervisao familiar (OR = 1,14 IC95% 1,05 - 1,23). Como fator de protecao, ter bebido nos ultimos 30 dias (OR = 0,88 IC95% 0,8 - 0,97). Conclusao: O bullying amplia as vulnerabilidades entre escolares, o que sugere necessidade de uma abordagem intersetorial na busca de medidas para sua prevencao.
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