Determinação do teor de formaldeído em produtos para escova progressiva por espectrofotometria e abordagem prática da cosmetovigilância no município de Cuité - PB.

2013 
A escova progressiva e uma tecnica de alisamento capilar aplicada em cabelos cacheados e ondulados, que vem sendo associada a compostos quimicos tais como: formaldeido e glutaraldeido. O uso indiscriminado dessas substâncias vem crescendo nos saloes de beleza em produtos para alisamento capilar, no entanto, a ANVISA proibe a comercializacao dessas substâncias no mercado, pois o uso de formaldeido e glutaraldeido em alisantes resultam em graves riscos a saude, tais como: irritacao, dor e queimadura na pele, ferimentos nas vias respiratorias e danos irreversiveis aos olhos e aos cabelos. Alem desses danos, e considerado pela Agencia Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como sendo carcinogenico para humanos. Este trabalho teve como objetivo identificar e quantificar o formaldeido presente em formulacoes comerciais utilizadas na pratica de escovas progressivas. Sendo abordado tambem a pratica e aplicacao da cosmetovigilância a partir da analise dos rotulos e ensaios fisicos – quimico. Foram analisadas oito formulacoes comercias de marcas distintas as quais, foram submetidas por espectrofotometria visivel, baseado na reacao entre formaldeido e acido cromotropico na presenca de sulfato de magnesio, produzindo um complexo estavel Mg2+/ciclotetracromotropileno que permite identificar e quantificar a presenca da substância ativa. De acordo com a legislacao vigente, as amostras selecionadas foram submetidas ainda a uma criteriosa analise do rotulo e a controles de qualidade, tais como, analise macroscopica, determinacao do pH, densidade, viscosidade e centrifugacao. Os resultados obtidos mostraram que o metodo proposto foi capaz de identificar e quantificar a presenca de formaldeido em produtos de alisamento capilar, pois, ocorreu uma mudanca de coloracao (translucido a rosa) nas amostras analisadas, sendo possivel quantificar por espectrofotometria a 535 nm. As amostras A1, A3, A5 e A8 apresentaram uma concentracao de formaldeido variando de 1,49 a 3,83 % (p/v). Estas amostras apresentaram um odor forte caracteristico dessa substância ativa nas respectivas concentracoes. As amostras A1 e A8 indicaram a presenca de formaldeido no rotulo, no entanto, as mesmas apresentaram 7,45 e 19,15 vezes acima do permitido. As amostras A3 e A5 continham 16,45 e 7,9 vezes de formaldeido acima do permitido respectivamente, mas nao indicaram a presenca de formaldeido no rotulo, alem de ignorarem as informacoes de advertencia e restricoes de uso. Ainda na analise do rotulo, foi verificado a ausencia do numero de registro concedido pela ANVISA para amostra A5, o que pode ser classificado como indicio de produto clandestino. As amostras A2, A4, A6 e A7 nao apresentaram a presenca de formaldeido no rotulo como tambem nao foi quantificada esta substância, estando essas amostras em conformidade com as legislacoes vigentes. Dentre as amostras que continham formaldeido todas foram classificadas como aprovadas em relacao ao pH. Para os demais parâmetros fisicos – quimico somente a amostra A2 foi reprovada nas analises de viscosidade e centrifugacao. Diante destes resultados, conclui-se que 50% dos produtos analisados foram reprovados devido a presenca de formaldeido fora da concentracao permitida, ficando evidente a importância da implantacao do sistema de cosmetovigilância, para garantir a qualidade final dos produtos cosmeticos, tendo em vista principalmente, a seguranca e eficacia desses produtos.
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