Dissecçäo da axila no câncer da mama: um enfoque conservador

1989 
E comumn dentro da oncologia, haver mais de uma alternativa de tratamento para uma mesma situacao clinica. Isso e particularmente verdadeiro em câncer de mama, em que ha tantas opcoes terapeuticas que faz deste assunto um dos mais polemicos na cancerologia. Tratamentos tradicionais mudam com lentidao, principalmente fora do ambiente universitario. Como exemplo, vemos ate hoje no Brasil, constantemente, indicacao de mastectomia radical de Halsted em estadios iniciais, apesar de ha anos esta cirurgia ser considerada desnecessaria quando o musculo peitoral nao esta invadido. Este trabalho discute outro assunto polemico hoje e que era conduta tradicional alguns anos atras em câncer de mama: a disseccao radical de linfonodos da axila. Nos ultimos cinco anos, recentemente portanto, informacoes sobre disseccao axilar limitada, niveis de disseccao, complicacoes, distribuicao de metastases, utilidade destas informacoes na terapeutica adjuvante e comparacoes de sobrevida com ou sem a disseccao axilar tem dado suporte a mudancas na indicacao de rotina da disseccao radical da axila. E razoavel hoje, em certas situacoes, nao indicar a disseccao axilar e tratar a axila com outros metodos, ou optar por disseccao limitada, que cumpre os objetivos terapeuticos com menos risco de sequelas, como o edema do braco. Ilustramos estes aspectos com resultados preliminares de 147 pacientes com câncer de mama localizado, tratadas de forma conservadora no tumor primario, mas em que metade (74) operou e a outra metade (73) nao operou a axila. Apos extensa analise multifatorial, pelo modelo de Cox, confirmamos o que ja vem sido colocado na literatura: a disseccao axilar nao alterou significativamente a sobrevida. Assim, damos enfase a um enfoque alternativo no manejo da axila em câncer da mama, sob um prisma nao cirurgico, conscientes de que, como outros tratamentos, este deve ser aceito com lentidao
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