Comportamentos do dentista e da criança durante o atendimento odontológico com uso de contenção física

2011 
O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento do dentista e da crianca em sessoes sequenciais de atendimento odontologico com utiliza?.o de contencao fisica (CF). Participaram um dentista e seis criancas, que apresentavam comportamentos n.o-colaborativos, com 4 a 5 anos de idade. Estas foram distribuidas aleatoriamente nas condicoes; A, B e C; que tinham seis, sete e oito sessoes, respectivamente. A dentista podia utilizar qualquer estrategia de manejo do comportamento. Era permitido ao dentista utilizar CF na 3a e 5a sessao na condicao A; na 4a e 6a na Condicao B e na 5a e 7a na Condicao C. As 42 sessoes foram filmadas e as respostas dos participantes categorizadas em intervalos de 15 segundos. Os dados foram apresentados em taxas de respostas por minuto por sessao (Capitulo 1) e taxa de respostas por minuto acumulada por rotina (Capitulo 2). No Capitulo 1, participaram um dentista e tres criancas e teve o objetivo de identificar os efeitos da CF sobre o comportamento do dentista e da crianca. Pode-se observar que a Recusa das tres criancas diminuiram e que Choro e Reclamacao aumentaram no decorrer das sessoes. O dentista empregou CF em todas as sessoes, de todas as criancas, em que esta era permitida, at. mesmo em sessoes em que as taxas de recusa da crianca eram menores em relacao ao choro. Concluiu-se que a CF foi uma estrategia aversiva para o dentista e para as criancas. No Capitulo 2, que participaram um dentista e outras tres criancas e objetivou analisar funcionalmente os comportamentos do dentista frente aos comportamentos de nao colaboracao da crianca durante o atendimento odontologico, com ou sem o uso de contencao fisica, observou-se que a estrategia mais utilizada pelo dentista foi explicacao (em todas as sessoes) e CF (nas sessoes com permissao de CF). Apos o uso de CF, as respostas de choro iniciaram. O profissional nao conseguiu discriminar os comportamentos de recusa e choro e utilizou CF ate mesmo nos momentos em que as taxas de recusa, mais provaveis de impedir a execucao do tratamento, eram menores do que as de choro. Pode se concluir que a estrategia de instrucao nao foi eficaz na producao de comportamentos de colaboracao nas criancas e que a CF foi aversiva, ja que reduziu os comportamentos que impediam a realizacao do tratamento e produziu reacoes emocionais e de protesto. No geral, pode se concluir que a estrategia utilizada pelo dentista para modificar o comportamento da crianca foi a CF. Para todas as criancas, a contencao fisica mostrou-se ser uma estrategia aversiva que ocasionou respostas emocionais e nao permitiu a aquisicao de comportamentos de colaboracao com o tratamento. Para o dentista, a contencao fisica tambem foi aversiva e nao permitiu que este emitisse comportamentos que poderiam favorecer a colaboracao da crianca. A estrategia mais utilizada pelo dentista nas sessoes em que estava, ou nao, impedido de empregar a contencao fisica, nao foi eficaz na producao de comportamentos que permitissem a realizacao do tratamento Abstract
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