Por caminhos há muito percorridos: um itinerário do Contrabando sobre rodas

2018 
Na decada de 70 do sec. XX sentiram-se os primeiros sinais contra a cultura do ritmo ‘acelerado’ onde dominava a quantidade evidenciando os instintos consumistas que tinham como consequencia, imediatamente visivel, a degradacao galopante do patrimonio construido e ambiental. Com o surgimento do movimento slow nos anos 80, paulatinamente, a qualidade torna-se mais importante que a quantidade, respondendo a varios problemas que afligiam o turismo e os destinos turisticos: a deterioracao das condicoes ambientais, a massificacao, a artificializacao e a globalizacao uniformizadora. O slow tourism, forma de viajar onde o turista se integra no destino, interage com os seus habitantes, respeitando a natureza e a identidade cultural dos lugares e reduz a pegada ecologica, comeca a ser um segmento de mercado em desenvolvimento, investindo-se na diversificacao de oferta. Esta nova geracao de produtos turisticos, em que o ‘slow is beautiful’, encontra-se associada, muitas vezes, as caminhadas e aos passeios de bicicleta que garantem a maior sustentabilidade do planeta, um envolvimento total com o espaco e maior autonomia no itinerario planeado. Associe-se, a esta abertura do turismo ao territorio, a companhia de um escritor que retrata as realidades locais e teremos multiplas possibilidades de regenerar os destinos turisticos e multiplicar ofertas. A relevância da literatura na diversificacao de recursos, promocao e dinamizacao turistica, mediante a criacao de itinerarios, encontra-se amplamente fundamentada, quer na bibliografia nacional e internacional, quer nos documentos emanados pelas entidades institucionais.
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