Corpos travestis da literatura: Olhares entre identidade, questões de gênero e alteridade

2020 
O presente trabalho reflete, a partir dos estudos literarios e de genero, sobre a construcao identitaria de tres personagens. O primeiro e Orlando, de Virginia Woolf (2019), o outro anonimo, de Aretusa Von (2000) e o terceiro e nomeado Lina Lee, de Aguinaldo Silva (1977). Essas figuras trocam de sexo, passam a desempenhar papeis sociais diferentes dos de costume e enquanto refletem sobre ser “homem” e ser “mulher”, questionam a propria ideia de normatividade, evidenciando as dificuldades que decorrem da busca por um prototipo de sexualidade heteronormativo e a transgressao por meio da travestilidade. Foram necessarias leituras teoricas sobre o assunto para compor o estudo, tais como, Butler (2019); Preciado (2014); Beauvoir (1967); Foucault (1988); Bourdieu (2002). Com o decorrer da pesquisa, percebeu-se que as performances de genero realizadas pelos sujeitos evocados nos textos revelam-se em uma multiplicidade de manifestacoes da identidade, apontando sob uma perspectiva de internalizacao de um padrao de sexualidade, assimilado na representacao puramente biologica do corpo, mas que e, em verdade, uma falacia.
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