ACESSO À SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DE HOMENS-TRANS EM ALAGOAS

2021 
Introducao: Durante o periodo pos-II Guerra Mundial, nas decadas de 1950 e 1960, houve um grande aumento populacional, fazendo com que houvesse uma grande preocupacao pelo aumento populacional, onde comecou-se a haver uma discussao demograficas acerca dos metodos contraceptivos e planejamento reprodutivo, pensando assim, em questoes de saude e direitos reprodutivos. Apesar disto, a construcao dos direitos sexuais e reprodutivos como direitos humanos, ainda esbarram em dificuldades relacionadas as normas morais e aos binarismos homem/mulher, masculino/feminino e heterossexual/homossexual, impedem o acesso de forma integral e a equidade desses direitos em servicos de saude. Objetivo(s): Verificar como os homens trans em Alagoas acessam os servicos de saude sexual e reprodutiva em Alagoas. Metodologia: Estudo exploratorio, de corte transversal e abordagem quantitativa, sendo utilizada como fonte primaria as informacoes de homens trans relacionadas ao acesso de saude aos servicos sexuais e reprodutivos de homens trans em Alagoas. Resultados e Conclusao(oes):  Os resultados mostram que, 66,6% declaram idade entre 18-24 anos, e 33,3% entre 25-35 anos. 40% possuem ensino superior completo, 40% ensino medio completo e 20% ensino superior incompleto. 60% possuem de 1-3 salarios minimos, 20% dispoem de 04 ou mais salario minimo e os outros 20% ate 01 salario minimo. 60% acessam aos servicos de saude atraves de plano de saude particular, e 40% atraves do SUS. 60% nao realizaram nenhuma consulta anual nos servicos de saude sexual e reprodutiva, 20% realizaram ao menos uma consulta, outros 20% realizaram 2-4 consultas anualmente. Nenhum dos participantes alegou ja ter realizado a cirurgia de redesignacao sexual, mas 60% deles afirmaram que nao sentem desejo de faze-la, outros 40% sentem o desejo de realiza-la. O acesso a citologia e colposcopia foi relatado por 33,3%, outros 33,3% continuam tendo acesso, mas nao realizam e, 33,3%  nao tem acesso aos servicos de citologia e colposcopia. O uso de hormonioterapia foi relatado por 80% dos participantes, ja 20% afirmaram nao fazer uso de terapia hormonal. A partir dos resultados obtidos, evidencia-se que o acesso aos servicos de saude pelos homens trans se da por meio da rede suplementar de saude. Conclui-se que o acesso aos servicos de saude pelos homens trans se da por meio da rede suplementar de saude. Ja no que diz respeito a caracterizacao sociodemografica, observa-se que tratam-se de adultos jovens, com parceiros, grau de escolaridade entre o ensino medio e o superior, renda media entre 1 e 3 salarios minimos vigentes e sem filhos. O acolhimento por parte da equipe de saude e bastante positivo, onde a maioria dos homens trans alegaram que foram bem acolhidos e respeitados em todos os momentos da assistencia.
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