INFECÇÃO URINÁRIA RELACIONADA AO CATETERISMO VESICAL EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

2018 
Estudos epidemiologicos apontam que a infeccao do trato urinario (ITU) e um dos principais tipos de infeccao hospitalar, correspondendo a aproximadamente 40% de todas as infeccoes nosocomiais, sendo que, entre 5 e 10% surgem apos cistoscopias ou procedimentos cirurgicos com manuseio do trato urinario e 70 a 88% relacionam-se diretamente ao cateterismo vesical, tambem conhecido como cateter de Folley. O mesmo e um procedimento privativo do enfermeiro e exige tecnicas assepticas durante a sua realizacao, prevenindo assim, riscos ao paciente, principalmente aqueles internados na UTI.  Objetivo(s): identificar os fatores relacionados ao aumento da porcentagem de casos de infeccao urinaria associada ao cateterismo vesical em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva, bem como, descrever a importância das acoes intervencionistas de Enfermagem na reducao da incidencia da mesma. Metodologia: A pesquisa desenvolvida constitui-se em uma revisao bibliografica a partir das principais bases de dados disponiveis, a Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciencia da Saude (LILACS) e a Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Foram selecionados sete artigos, a partir das palavras-chaves Cateterismo Vesical, Infeccao Urinaria e UTI. Resultados: De acordo com os artigos pesquisados, dentre os fatores de risco associados a infeccao do trato urinario, o tempo de permanencia do cateter e considerado um dos fatores relevantes, pois como demonstram Stamm et al. ( 2006) e Savas et al. ( 2006), o risco da ITU e diretamente proporcional ao tempo de permanencia do cateter, aumentando em 2,5% para um dia, 10% para dois ou tres dias, 12,2% para quatro ou cinco dias, podendo chegar a 26,9% quando o tempo de permanencia do cateter for igual ou maior a seis dias de uso. Ja no que concerne a pacientes internados em UTI, outros fatores sao considerados importantes, dentre os quais destacam-se a presenca de mais de uma doenca em curso e o uso excessivo de antibioticos de amplo espec­tro, fator que provoca formacao de microorganismos resis­tentes que, por fim, favorecem o surgimento de infeccao. Ademais, o ritmo das atividades na UTI pode, em geral, tornar a equipe de Enfermagem menos zelosa com a tecnica asseptica como, por exemplo, a nao lavagem adequada das maos e a insercao do cateter urinario sem a utilizacao da tecnica asseptica. Consideracoes finais: Portanto, concluimos que o enfermeiro deve investir na sistematizacao  do  conhecimento,  o  que  garante  respaldo  para equipe, informacao, seguranca e presteza na qualidade da assistencia ao paciente em uso de cateter vesical de demora, tornando possivel a diminuicao dos indices de infeccao do trato urinario e suas complicacoes nos pacientes criticamente enfermos e que e necessario o treinamento da equipe multiprofissional, educacao continuada, interacao e comunicacao com a equipe medica e da Comissao de Controle de Infeccao Hospitalar (CCIH) para a prevencao e combate a infeccao hospitalar.
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