ANÁLISE TÉCNICA DA ADUBAÇÃO NITROGENADA E POTÁSSICA EM ARROZ IRRIGADO

Com o crescimento da populacao no planeta, cresce tambem a demanda por alimentos. O arroz e um dos cereais mais consumidos e sua producao, apesar de atualmente ser alta, futuramente podera ser insuficiente para suprir a demanda da populacao mundial. A demanda por alimentos causa pressao por novas fronteiras agricolas que por sua vez estao mais escassas. Os avancos nas tecnicas de cultivo e uso de cultivares mais produtivas fazem com que mais nutrientes sejam exportados das areas de producao sendo necessarias grandes aplicacoes de fertilizantes. Um dos maiores fatores limitantes para a producao agricola e a fertilidade do solo. Se bem fertilizadas, as areas destinadas ao cultivo possibilitam que a maxima producao seja alcancada, havendo um custo produtivo que permite ao sistema ser sustentavel. Este trabalho tem como objetivo determinar a dose adequada de nitrogenio (N) e potassio (K) para produtividade de arroz irrigado da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul (RS). O experimento foi realizado no municipio de Uruguaiana, sob sistema de plantio convencional. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com esquema fatorial 5x5 com 4 repeticoes. Os tratamentos foram formados por cinco doses de N e cinco de K, correspondendo respectivamente a 0, 50, 100, 150, 200% da dose recomendada para que atinja uma produtividade esperada de 6 a 9 t ha-1 de acordo com as recomendacoes de adubacao da cultura para o Estado do RS. A area da parcela experimental foi de 30,6 m² e area util de 1m². O cultivar de arroz foi o IRGA 424. A semeadura ocorreu no mes de outubro de 2012 e a colheita ocorreu em fevereiro de 2013. Foi avaliado o numero de paniculas, peso medio de graos por parcela, peso de mil graos e produtividade por hectare, todas as variaveis foram submetidas a 5% de probabilidade. A interacao entre as doses de nitrogenio e potassio nao foram significativas para nenhuma das variaveis avaliadas. Observadas separadamente, as doses de K nao foram significativas para nenhuma das variaveis avaliadas. Quanto as doses de N, foi significativo apenas para a produtividade. Observaram-se incrementos na producao de 498,01 kg ha-1, para a aplicacao de 50% da dose recomendada, 242,86 kg ha-1 para a aplicacao de 100% da dose recomendada, 416,8 kg ha-1 para a aplicacao de 150% da dose recomendada e 79,7 kg ha-1 para a aplicacao de 200% da dose recomendada. As doses de K nao apresentaram aumentos de produtividade, assim como a interacao de nitrogenio e potassio. Portanto, apenas as doses de N proporcionam aumentos na produtividade nas doses testadas. No entanto, nao foi possivel determinar o ponto de inflexao da curva de resposta, necessitando de novos estudos com doses maiores de N.