EFEITO DE DOSES DE NÍQUEL NO CULTIVO DE ALFACE AMERICANA

2020 
O niquel (Ni) foi o ultimo elemento a ser considerado essencial ao crescimento e desenvolvimento das plantas, sendo recentemente inserido na legislacao brasileira de fertilizantes. Sua acao no tecido vegetal esta diretamente relacionada a absorcao do nitrogenio, uma vez que o niquel esta presente na estrutura e participa do funcionamento da enzima urease, atuando na hidrolise da ureia e influenciando no complexo enzimatico hidrogenase. Em razao da escassez de estudos a respeito da exigencia de Ni pelas culturas, sobretudo em olericolas, este trabalho teve como objetivo quantificar o efeito da aplicacao de niquel no cultivo da alface americana. O experimento foi conduzido a campo, no setor de horticultura do Instituto Federal do Triângulo Mineiro – Campus Uberaba, em um Latossolo Vermelho distrofico – LVdf. O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso e os tratamentos consistiram em quatro doses de niquel (0, 15, 30 e 45 g ha -1 ) aplicados na forma de nitrato de niquel [Ni(NO 3 ) 2 ], com seis repeticoes. As parcelas experimentais constituiram-se de canteiros de 1,0 m de largura com tres linhas de 1,50 m de comprimento, e espacamento de 0,30 x 0,30 m entre plantas. A linha central constituiu a area util, na qual foram retiradas tres plantas. A aplicacao de Ni foi realizada via foliar, aos 22 dias apos o transplantio das mudas (DAT), com auxilio de um pulverizador manual. A colheita aconteceu aos 46 DAT, ocasiao em que as plantas se apresentavam completamente desenvolvidas. Os dados foram submetidos a analise de variância e regressao com base no modelo polinomial ao nivel de 5% de probabilidade, utilizando o software R ® .  Analisou-se a massa fresca comercial da parte aerea, a circunferencia da cabeca, o numero de folhas e o comprimento do caule. A produtividade foi estimada por meio da producao de massa fresca por hectare. Verificou-se que a aplicacao de 15 g ha -1 de Ni conferiu efeito significativo para a variavel numero de folhas. Essa dose foi ajustada ao modelo quadratico y = -0,0048x² + 0,1578x + 22,475 (R² = 0,78), na qual foi possivel inferir que a dose de 16,44 g ha -1 de Ni propiciou um numero elevado de folhas. Apesar de nao apresentarem diferencas significativas de acordo com o teste F a 5% de probabilidade, a dose de 15 g ha -1 de Ni conferiu um incremento de 10,61% e 2,45% para as variaveis massa fresca e circunferencia da cabeca, respectivamente. Demais analises devem ser realizadas, a fim de quantificar os teores de niquel residual em massa seca de parte aerea.
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