Impacto da cirurgia de revascularização miocárdica prévia em desfechos clínicos de pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea primária

2015 
Resumo Introducao Historicamente, pacientes com cirurgia de revascularizacao do miocardio (CRM) previa submetidos a intervencao coronaria percutânea (ICP) primaria tem pior prognostico que pacientes sem CRM previa. No entanto, analises mais contemporâneas contestam esses achados. Nosso objetivo foi avaliar os desfechos clinicos de 30 dias em pacientes com e sem CRM previa submetidos a ICP primaria. Metodos Estudo de coorte prospectivo extraido do banco de dados do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, contendo 1.854 pacientes submetidos a ICP primaria. Resultados Pacientes com CRM previa (3,8%) mostraram perfil clinico, em geral, mais grave. O tempo de inicio dos sintomas ate a chegada ao hospital foi menor nesse grupo (2,50 horas [1,46‐3,66] vs. 3,99 horas [1,99‐6,50]; p 0,001) e o tempo porta‐balao foi semelhante (1,33 hora [0,85‐2,07] vs. 1,16 hora [0,88‐1,58]; p = 0,12). O acesso femoral foi mais usado no grupo com CRM previa (91,5% vs. 62,5%; p 0,001). O uso de tromboaspiracao manual foi menor nesse grupo (16,9% vs. 31,1%; p = 0,007), mas nao houve diferenca no uso de inibidor da glicoproteina IIb/IIIa (28,2% vs. 32,4%; p = 0,28). O sucesso angiografico foi menor no grupo com CRM previa (80,3% vs. 93,3%; p = 0,009). Aos 30 dias, pacientes com CRM previa apresentaram taxas similares de eventos cardiacos adversos maiores (14,1% vs. 11,2%; p = 0,28), e a mortalidade, embora numericamente mais alta, nao foi estatisticamente significativa (13,2% vs. 7,0%; p = 0,07). Conclusoes Nessa analise contemporânea, pacientes com CRM previa submetidos a ICP primaria apresentaram perfil clinico mais grave e menor sucesso angiografico, porem nao mostraram diferencas nos desfechos clinicos em 30 dias.
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