Movimentos sociais e militância como estratégia de enfrentamento performática

2020 
A comunidade de lesbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer e outras identidades e o foco deste artigo por conta das formas que tem construido para lidar com violacoes de direitos ligados aos generos e as orientacoes sexuais em espacos sanitarios, educacionais e politicos. Buscou-se compreender as estrategias de enfrentamento em relacao a essas violencias por uma lente pos-estruturalista, entendendo-as como performatividades. Dessa forma, o objetivo desse artigo e identificar e analisar as estrategias de enfrentamento contra violencias motivadas por preconceitos em face de generos e/ou orientacoes sexuais, com foco no agir militante e nos movimentos sociais. Pesquisa qualitativa, realizada atraves de entrevistas com roteiro semiestruturado com nove pessoas nao cis-heterossexuais. O grupo foi formado atraves da tecnica Bola de Neve, tendo os movimentos sociais como informantes-chave na cadeia de contatos. As narrativas foram analisadas por meio de Analise do Discurso Critica, ligada a Teoria Social do Discurso, juntamente com o auxilio do software KitConc versao 4.0. De acordo com as participantes dessa pesquisa, a militância e construida quase como de forma deontica, pois auxilia na busca por uma vida boa em meio a vida ruim. Seja pela conversa com um amigo ou com o pai dele, o dialogo firma-se como o cerne militante de pessoas LGBTQ+. Aparece ainda a automilitância como a resistencia de si, da incapacidade de despossuir-se, da ilusoria autossuficiencia do ser humano.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    14
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []