AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DA ÁREA DE PREPARO DE ALIMENTOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE ITAQUI - RS

As condicoes estruturais da area de preparo de alimentos nos servicos de alimentacao devem promover principalmente a manutencao do padrao higienico-sanitario, devendo ser planejadas de forma a evitar o risco de contaminacao. Neste estudo foram avaliadas as condicoes fisicas e estruturais da area de producao de alimentos de escolas municipais de ensino fundamental (EMEFs) situadas na cidade de Itaqui – RS. Foi elaborada pelos pesquisadores e aplicada uma lista de verificacao em Boas Praticas fundamentada nas seguintes legislacoes: Resolucao no. 216 de 15 de setembro de 2004 e na Portaria no. 78 de 28 de janeiro de 2009, possuindo 43 itens relacionados a estrutura fisica da area de producao de alimentos. A lista de verificacao foi aplicada por pesquisadores capacitados que observaram as atividades in loco durante os meses de julho e agosto de 2014 e supervisionados por docentes da area. As seis EMEFs avaliadas foram identificadas como A, B, C, D, E e F, respectivamente e, cada unidade escolar obteve um percentual de conformidade sendo classificadas como: muito ruim (0% - 19%), ruim (20% – 49%), regular (50% - 69%), boa (70% - 90%) e muito boa (91% - 100%) de acordo com o Centro Colaborador em Alimentacao e Nutricao do Escolar (CECANE/UFRGS) . O percentual medio de conformidade em relacao as condicoes fisicas e estruturais da area de preparo da alimentacao escolar foi de 30,62%, classificando as escolas como ruim, sendo que os percentuais de conformidade nessa categoria variaram de 23,26% (escola F) a 34,88% (escola B). As seis EMEFs avaliadas possuem estruturas antigas, ausencia de telas nas aberturas, sem fluxo linear durante a distribuicao das preparacoes, entre outras nao conformidades. As condicoes fisicas da area de preparo podem contribuir para a contaminacao dos alimentos. Por se tratar de estrutura fisica reconhece-se que as melhorias, nesse aspecto, sao de dificil implementacao, visto que geram despesas para os gestores. Para minimizar o risco de inseguranca alimentar, e indispensavel que a estrutura fisica de um servico de alimentacao e nutricao seja projetada de acordo com a legislacao sanitaria vigente, visando oferecer um alimento livre de contaminacao. Atraves deste estudo conclui-se que e essencial que sejam realizadas melhorias das instalacoes das EMEFs avaliadas e que procedimentos basicos sejam cumpridos para que se assegure a qualidade da alimentacao escolar ofertada nas unidades.