Fatores associados à pressão de língua em pacientes pós-acidente vascular cerebral
2017
RESUMO Introducao A pratica clinica fonoaudiologica no ambiente hospitalar mostra que existe alta prevalencia de disfagia em pacientes pos-acidente vascular cerebral. Objetivo Verificar se o tempo de ocorrencia e o tipo do acidente vascular cerebral, o hemicorpo acometido por hemiplegia, a gravidade do deficit neurologico, a presenca e o grau de disfagia interferem na pressao de lingua de pacientes internados pos-acidente vascular cerebral. Metodos Estudo realizado com 31 pacientes. Foi aplicado protocolo da avaliacao da disfagia, prova de mobilidade lingual e mediu-se a pressao de lingua com o Iowa Oral Performance Instrument (IOPI). Foram realizadas tres medidas da pressao anterior e tres da pressao posterior. Os dados foram analisados por meio de estatistica apropriada, com nivel de significância de 5%. Resultados Apenas a presenca de disfagia se mostrou associada estatisticamente a pressao de lingua, sendo que os pacientes pos-acidente vascular cerebral disfagicos apresentaram pressao anterior e posterior media e maxima da lingua menor que aqueles sem a presenca de disfagia. O tempo de ocorrencia do acidente vascular cerebral, o tipo e o hemicorpo acometido e a gravidade do deficit neurologico nao apresentaram associacao com a pressao lingual. Dentre os 15 participantes que apresentaram a dificuldade de degluticao, 14 (93,3%) foram classificados com disfagia leve e um (6,7%) com disfagia moderada. Conclusao Verificou-se que a disfagia, ainda que de grau leve, foi o fator preponderante para diminuicao da pressao de lingua em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral.
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