Inclusão e permanência de universitários com diagnóstico de transtorno do espectro autista: discussões acerca de barreiras linguísticas

2020 
A Educacao Superior brasileira vem passando por modificacoes. Houve diversificacao quanto ao ingresso do publico devido as politicas publicas voltadas para a inclusao educacional. Atualmente, se encontram nas Universidades, pessoas com diagnostico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas embora seu acesso tenha sido garantido, a permanencia nem sempre tem sido discutida na literatura. Desta forma, objetivo deste estudo e analisar as condicoes de acesso e permanencia de pessoas com TEA na Universidade a partir das queixas linguisticas apresentadas por eles. Como metodologia, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dois estudantes com diagnostico de TEA que estudam em uma Universidade federal do sul do Brasil. Alem disso, foi realizada avaliacao fonoaudiologica. Os resultados apontam que os dois academicos tem historico de dificuldades de relacionamento interpessoal na escola e na Universidade, dificuldades de leitura e escrita. Um dos estudantes, Charles, tambem tem dificuldade na fluencia de fala; ja Luis, o outro universitario, tem mais queixas quanto as suas habilidades de leitura e escrita. Quanto a percepcao acerca da inclusao na Universidade, os dois estudantes referem que se sentem acolhidos e que nao sofrem nenhum tipo de discriminacao referente as suas dificuldades. Tambem procuram atendimento fonoaudiologico para suprir uma demanda de inclusao que as politicas publicas ainda nao compensaram. Apesar de amparados em lei, estes estudantes ainda enfrentam barreiras que podem dificultar sua permanencia na instituicao ou seu rendimento academico. Deste modo, a acao do fonoaudiologo pode ser uma alternativa para minimizar os obstaculos impostos pelas suas dificuldades dentro da Universidade.
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