O MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA COMO FERRAMENTA DOS PROCESSOS DE TRABALHO NA CIDADE DE PARNAÍBA-PI

2017 
O matriciamento implica em discussoes sobre um determinado assunto entre varios profissionais de especialidades diferentes com o intuito de compartilhar conhecimento sobre determinada necessidade. Nesse sentido, chamam-se de matriciadores aqueles profissionais que possuem um conhecimento sobre algo e matricia esse conhecimento compartilhando com outros profissionais de areas diferentes que nao sabem como atuar com determinada demanda. Essa ferramenta e importante, por que possibilita compartilhar experiencias e ao mesmo tempo possibilita uma maior integracao entre os dispositivos de saude, facilitando assim a comunicacao entre os dispositivos de saude. Esse estudo tem por objetivo compreender as implicacoes do matriciamento em saude mental na atencao basica e de conhecer as dificuldades e potencialidades do trabalho matricial entre o Centro de Atencao Psicossocial e as Unidades Basicas de Saude. Trata-se de um relato de experiencia desenvolvido com um grupo de profissionais integrantes de um Centro de Atencao Psicossocial (CAPS) e de uma Unidade Basica de Saude (UBS), tais como, psiquiatra, enfermeiro, psicologo, assistente social e Agentes Comunitarios de Saude (ACS). A pesquisa foi desenvolvida durante um periodo marco a junho de 2016 em horarios pre-estabelecidos com os profissionais de ambos os servicos. Para a coleta de dados foram utilizadas reunioes com a equipe, rodas de conversas, com registros em diarios de campo. Durante o percurso, foram encontradas algumas dificuldades por parte dos profissionais da UBS em compreender a importância do matriciamento em saude mental e como coloca-las em pratica utilizando as redes de servico do municipio. Alem da falta de apoio da gestao municipal em apoiar e se envolver de forma horizontal.  E como potencialidade encontrou-se a disposicao dos profissionais em fazer busca ativa de casos no territorio, e a construcao de um espaco de dialogo entre as redes de atencao. Verificou-se pelas falas dos entrevistados a necessidade de fazer entender que a atencao basica tambem deve cuidar da pessoa com transtorno, entendendo que a politica de saude mental apoia-se na comunidade, de que a tendencia do cenario atual e a transformacao do modelo hospitalar para uma ampliacao de uma rede extra- hospitalar para uma base comunitaria, alem de varios outros fatores. Dessa forma, a experiencia desta pesquisa permitiu conhecer a complexidade do objeto de estudo e varias possibilidades de analise e discussao dos resultados diante da abrangencia e relevância do tema. Portanto, esta experiencia proporcionou diferentes concepcoes de matriciamento entre profissionais do CAPS e UBS como formas que se constituem nao apenas sobre o olhar de algo repetitivo, mas como algo necessario e preciso, a fim de garantir a continuidade do cuidado de forma universal.
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