O CORPO NO CINEMA, DA TELA À PLATEIA: O CASO DOS FESTIVAIS DE FILMES DA DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO

2016 
O artigo aborda algumas das relacoes entre corpo e cinema a partir da antropologia. Mais especificamente busca-se explorar as duas acepcoes da expressao “corpo no cinema” que pode abarcar desde como os corpos sao construidos e representados nos filmes, quanto se referir – aproveitando a polifonia da palavra cinema que pode significar tanto a arte audiovisual quanto as salas de exibicao – a como os corpos na plateia sao afetados pelos filmes e suas representacoes. Produz-se assim uma antropologia do cinema preocupada com aspectos da multissensorialidade em que os sujeitos estao mergulhados em (e nao sobre) ambientes dos quais as producoes audiovisuais sao parte importante. O campo etnografico tem sido realizado nos ultimos anos em festivais de cinema da diversidade sexual e de genero, enfocando os filmes, os espectadores, as comunidades locais e transnacionais que tais filmes e festivais ensejam. O corpo, nestes contextos, pode ser tanto um territorio de producao de discursos, de adesao ou de contestacao, na relacao com os regimes de poder-saber do Estado-nacao, da midia e da ciencia, mas sem duvida um demarcador de identidades e de producao de sujeitos do contemporâneo, constituidos nas narrativas dos filmes e nos engajamentos das plateias que os colocam em rede.
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