O LUGAR DO DESENVOLVIMENTO NA MOBILIZAÇÃO SOCIAL: Signos de Desenvolvimento e produção de utopismos nas Jornadas de Junho de 2013

2021 
Manifestacoes populares e mobilizacoes sociais carregam explicitamente uma carga de demandas pelas quais o objeto de luta e querela se anela. Tais demandas possuem dimensoes multiplas e acenam, a partir de uma tensao pela meta, lacunas que reclamam preenchimento e cenarios que precisam de transformacao, considerando a narrativa dos que se mobilizam. Essas demandas comumente disputam necessidades de desenvolvimento(s), atreladas a signos de progresso, promessas sistematizadas e ensejos por um lugar ideal no qual o bem viver e as benesses da modernidade se realizem como plenitude dos modos de produzir e operar a vida social. Essa elucubracao da luta produz utopismos diante do desenvolvimento. Desse modo, a proposta deste estudo foi refletir a relacao entre os signos de desenvolvimento e  producao de utopismos nos objetos e ideais das mobilizacoes sociais, tendo por quadro de analise as Jornadas de Junho de 2013 no Brasil. Metodologicamente, considerou-se um estudo de caso por meio de analise documental de jornais impressos apurados com maior tiragem no periodo, considerando como corpus a cobertura jornalistica do periodo a partir das categorias de demandas emergentes dos atos. Esse novo desenho de articulacao popular indica uma flexao da participacao, onde as territorialidades de insurgencia sao tessituras de coalizao e desenvolvimento(s). A ressonância da voz reivindicatoria popular em rede indica a subversao das assimetrias do desenvolvimento ou, pelo menos, um sinal de que a planificacao do conceito encontra impasses maiores. Microdesenvolvimento e o inicio de uma discussao possivel sobre o quadro atual de ativismos em rede e seu significado ainda provocador academica, politica e socialmente.
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