Therapeutic efficacy of florfenicol against Streptoccoccus agalactiae infection in nile tilápia (Oreochromis nicoticus)

2016 
Streptococcus agalactiae (SA) e um dos mais importantes patogenos que afetam a tilapicultura mundial. A antibioticoterapia oral e a principal medida terapeutica aplicada em casos de surtos da doenca. Diversos antimicrobianos tem sido empregados para o tratamento da estreptococose, sendo o florfenicol (FLO) uma das drogas mais utilizadas. No Brasil existem relatos de falhas terapeuticas e recidivas dos casos de estreptococose em lotes tratados com FLO na dose padrao de 10 mg/Kg de peso vivo. Apesar de licenciado em diferentes paises, nao existem estudos sobre a eficiencia terapeutica e dose ideal do FLO para o tratamento de infeccoes por SA em tilapia do Nilo (Oreochromis niloticus L). O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiencia terapeutica e dose ideal de FLO para o tratamento da infeccao por SA em tilapia do Nilo (Oreochromis niloticus). A amostra de S. agalactiae SA 95-10 previamente isolada de tilapia doente no Brasil foi utilizada no presente estudo. A concentracao inibitoria minima (CIM) do FLO para a amostra SA 95-10 foi determinada de acordo com manual VET04-A2 do CLSI. Para avaliacao da eficiencia terapeutica, juvenis de tilapia foram infectados experimentalmente com a SA 95-10 e medicados por via oral com FLO nas doses de 10, 20, 40 e 60mg/Kg por 10 dias consecutivos e observados por um periodo de 20 dias pos-tratamento. A CIM do FLO para SA 95-10 foi de 1g/mL. As doses de 20 e 40mg/Kg foram eficientes nos controle das mortalidades durante o periodo de tratamento, porem, mortalidades de 90% e 60% foram observadas no periodo de acompanhamento pos-tratamento. Apos o fim do periodo experimental 44,4% dos peixes continuavam portadores da bacteria. A SA 95-10 foi submetida a teste de avaliacao in vitro do fenomeno persistencia induzida pelo FLO, sendo exposta a 100 vezes a concentracao do CIM para FLO. Essa se manteve viva e viavel apos 12 horas de exposicao ao FLO, com uma reducao na concentracao de 108 para 106 UFC/mL. Para avaliar a capacidade de transmissao da bacteria de animais portadores para saudaveis, foi realizado um ensaio de coabitacao. Dois grupos de peixes foram desafiados com a SA 95-10, medicados com FLO nas doses de 20 e 40 mg/Kg de PV por 10 dias consecutivos e posteriormente transferidos para aquarios contendo animais saudaveis. Mortalidades de 40 e 50% foram observadas nos animais saudaveis coabitados, denotando a manutencao da capacidade de transmissao e virulencia da bacteria nos portadores induzidos pela terapia. O FLO e ineficaz no controle da infeccao por S. agalactiae em tilapia do Nilo. Esse diminui a mortalidade durante o tratamento, porem, mortalidades elevadas e quadros de portador ocorrem imediatamente apos o fim do tratamento. Esse e o primeiro relato do fenomeno de persistencia induzida por antibioticos em S. agalactiae patogenico para peixes. Futuros estudos devem ser realizados para determinar os mecanismos fisiologicos e moleculares que possibilitam a bacteria resistir ao antibiotico
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