“Foi medo, não foi coragem”: iniquidades raciais na assistência obstétrica

2020 
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem compreensivista, que objetivou explorar a perspectiva de mulheres negras sobre as iniquidades raciais na assistencia obstetrica e analisar as suas percepcoes acerca da assistencia recebida durante a gestacao, parto e pos-parto. Foram entrevistadas oito mulheres, no periodo de abril a setembro de 2019, atraves de entrevistas individuais, utilizando a tecnica de entrevista narrativa aberta. Os dados foram analisados por meio da tecnica da analise de conteudo tematico. As entrevistadas afirmam que desejam um parto respeitoso e de sua escolha, entretanto, relatam as experiencias racistas vividas e estrategias utilizadas durante a gestacao para fugir da violencia obstetrica. Conclui-se que elas consideram o cenario da assistencia obstetrica desigual e mais violento para as mulheres negras, e em seus processos de gestar e parir criam uma rota de fuga dessa violencia, em busca de garantir um parto humanizado. Alem disso, afirmam que a rede de apoio e fundamental para o protagonismo durante o parto e para a mulher negra essa rede tambem funciona como fator protetor diante da violencia obstetrica.
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