Evolução dos anticorpos anti-hla no transplante renal de pacientes sensibilizados ao doador

2016 
Foi objetivo avaliar a variacao da reatividade do soro contra painel de antigenos HLA (%RCP) e a persistencia de anticorpos doador-especificos (ADE), em 21 pacientes pre-sensibilizados e submetidos ao transplante renal. O tempo de seguimento pos-transplante variou de 5 dias a 6 anos, sendo que, em 76,2% dos casos, ele foi menor que 12 meses. Tres pacientes receberam o enxerto proveniente de doador aparentado e os demais, de doador falecido. Todos apresentavam prova cruzada negativa e algum grau de RCP, incluindo anticorpos contra antigenos do doador na avaliacao pre-transplante. Os anticorpos foram investigados empregando-se a tecnologia Mutiplex Luminex® com kits LABScreen Single Antigen e PRA, expressos em MFI (mediana da intensidade de fluorescencia) e analisados no programa computacional EpVix. A persistencia de anticorpos ADE ocorreu em 8 (66,7%) casos com anti-HLA classe I, com diminuicao da MFI em ate 35%, em 4 deles. A RCP ficou inalterada ou com discreto aumento (≤13 pontos percentuais). Em outros dois casos, novos tipos foram desenvolvidos e a RCP aumentou em ate 20 pontos percentuais. Para os anticorpos contra antigenos classe II, houve a persistencia de todos, com aumento no valor da MFI. Em um caso, ainda houve o desenvolvimento de nova especificidade HLA-DR. A RCP aumentou em apenas um caso, apesar de nao ter gerado novos anticorpos para os antigenos do doador. Em conclusao, os dados sugerem que, anticorpos contra antigenos HLA classe II sao mais dificeis de serem controlados, no pos-transplante renal, quando comparados com os dirigidos para HLA classe I.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []