OBESIDADE COMO FATOR DE MAL PROGNÓSTICO EM PACIENTES COM NEOPLASIA DE PÂNCREAS

2018 
Introducao: As projecoes que relacionam a obesidade com o risco de câncer sao pessimas: para o ano de 2030, por exemplo, sao estimados aproximadamente 500 mil novos casos de neoplasia em razao do excesso de peso da populacao nos Estados Unidos. Nesse cenario, tem-se observado a ligacao entre a obesidade e o prognostico de pacientes com câncer, incluindo a reducao do tempo de sobrevida global e livre de doenca. Isso nos levou a realizar o seguinte questionamento: pacientes obesos apresentam pior prognostico quando acometidos por neoplasia do pâncreas? Objetivo: Avaliar o papel da obesidade na neoplasia pancreatica como marcador de pior prognostico. Metodologia: Revisao sistematica da literatura norteada pelo protocolo PRISMA, abordando estudos primarios publicados na base de dados PubMed entre 05/02/2013 e 03/02/2018. Os descritores utilizados foram: “Pancreatic Neoplasms” [Mesh], “Prognosis” [Mesh] e “Obesity” [Mesh] combinados pelo operador booleano AND obedecendo a seguinte equacao de busca 1 AND 2 AND 3. Os criterios de inclusao foram: artigos publicados nos ultimos 5 anos, em lingua inglesa e que demostrasse associacao entre obesidade e mal prognostico em pacientes com tumores do pâncreas. Foram excluidas revisoes, comentarios, editoriais e cartas ao editor. Resultados: 44 estudos foram rastreados. Apos leitura dos titulos e resumos e, posterior, aplicacao dos criterios de inclusao/exclusao obtivemos uma amostra de 7 artigos. Os estudos pontuam que pacientes obesos apresentam mais metastases de linfonodos e menor sobrevida global e sobrevida livre de progressao. Ademais, uma reducao maior que um no IMC durante a quimioterapia e no diagnostico afetam negativamente a sobrevida. Outro ponto relevante e que IMC pre-câncer, IMC no diagnostico e sarcopenia isolada nao tem influencia significativa na sobrevida de pacientes com adenocarcinoma pancreatico. Contudo, a diminuicao ou aumento superior a uma unidade no IMC foram correlacionado com pior prognostico de sobrevivencia, assim como a associacao sarcopenia-sobrepeso/obesidade. Conclusao: Valores absolutos de IMC ao diagnostico nao tem influencia na Sobrevida livre de doenca e sobrevida global, contudo altos indices de obesidade visceral e variacoes maiores que uma unidade na reducao do IMC apresenta pior prognostico, principalmente quando associados ao tratamento quimioterapico.
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