A eficácia dos contraceptivos orais associados ao uso de antibióticos

2012 
Desde a introducao, em 1961, dos contraceptivos orais, houve tendencia em reduzir as concentracoes de estrogenios nas formulacoes a fim de minimizar seus efeitos colaterais. Essa reducao pode diminuir a eficacia contraceptiva quando do uso concomitante com antibioticos. Considerando a existencia de divergencias entre trabalhos cientificos, manuais tecnicos de laboratorios e o amplo emprego dos contraceptivos orais como metodo eficaz de contracepcao, esta pesquisa se propos a levantar relatos clinicos e pesquisas farmacocineticas que estudaram a relacao entre o uso dos contraceptivos orais e antibioticos e a evidencia ou nao de falha terapeutica. Foi realizado um levantamento nas bases Lilacs e Medline. Foram selecionados 31 trabalhos segundo criterio adotado. Desses, 18 eram farmacocineticos, 13 dos quais nao apoiaram a hipotese de que os antibioticos diminuiram a eficacia contraceptiva (doses acima de 20mcg), com excecao da rifampicina. Em dois estudos houve diminuicao na concentracao plasmatica de etinilestradiol e em outros dois aumento da excrecao e reducao da meia-vida. Os relatos foram considerados invalidos por alguns autores e nao apoiados pela farmacocinetica. Pesquisas farmacocineticas concluiram que a rifampicina diminui a eficacia contraceptiva. Embora estudos farmacocineticos com outros antibioticos nao tenham apoiado a perda da eficacia, alguns autores postularam a existencia de um subgrupo de mulheres com risco mais elevado de falha contraceptiva. Por nao ser possivel identifica-las e pelas serias consequencias de uma gravidez indesejada, e aconselhada uma advertencia para o uso de outro metodo contraceptivo. Termos de indexacao : agentes antibacterianos; anticoncepcionais orais; interacao; eficacia.
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