Ditadura e Insurgência na América Latina: Psicologia da Libertação e Resistência Armada
2017
Este artigo discute como a luta insurgente contra o terrorismo de Estado no Brasil e na America Latina resultou na producao de novas ideias na psicologia e como transformou as formas de participacao politica dos sujeitos que aderiram a praticas radicais de luta politica. Os procedimentos de investigacao foram revisao bibliografica e entrevistas semi-diretivas com quatro ex-guerrilheiros brasileiros e um colombiano. Na revisao, foram consultadas obras sobre psicologia da libertacao, ditadura militar e guerrilha armada. Na analise das entrevistas, foram selecionados conteudos que se referem ao processo de conscientizacao dos entrevistados. Constata-se que a atividade insurgente possibilitou a emergencia de ideias e praticas na psicologia que buscam a construcao de relacoes sociais justas. A insurgencia tambem foi a condicao de possibilidade para a criacao de novas experiencias e reflexoes sobre a atividade politica dos participantes da luta armada contra a ditadura. Tomar a perspectiva da insurgencia nos faz compreender os momentos de crise pelo seu potencial de transformacao e emancipacao. Seja no âmbito da Psicologia como ciencia e profissao, que se desloca de uma posicao adaptativa e normalizadora, para uma critica e transformadora, ou nas experiencias de militantes expressas como subjetividades insurgentes que buscam transformacao e revolucao. Apoio: CNPq; CAPES.
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