Aceitação de polens de Apiaceae por Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) e efeito de diferentes dietas na sua biologia.

2012 
O controle biologico e um importante metodo para regular as populacoes de pragas em um sistema de producao agricola sustentavel, pois e uma alternativa promissora ao uso de agrotoxicos orgânicos sinteticos que causam grandes impactos ecotoxicologicos. As joaninhas predadoras fazem parte dos agentes de controle biologico de pragas agricolas, podendo ser manejadas pelas tres estrategias de controle biologico: classico, conservativo e aumentativo. No presente trabalho, buscou-se gerar conhecimento para uso da joaninha predadora afidofaga Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) sob a perspectiva das duas ultimas estrategias. O controle biologico conservativo envolvendo insetos predadores baseia-se no fato de que, na ausencia ou escassez da presa preferencial ou na presenca de outras presas de qualidade inferior, podem usar alimentos alternativos, tais como polen, para garantir sua sobrevivencia e, por vezes, sua reproducao e, por isso, especies botânicas provedoras desse recurso floral devem integrar a paisagem agricola, dentro e/ou no entorno da propriedade agricola; enquanto o controle aumentativo requer a multiplicacao do predador no laboratorio, podendo se valer de presas naturais ou artificiais. Apesar de alguns autores comprovarem a visitacao das flores de algumas especies de Apiaceae por C. maculata, nao ha relatos na literatura da ingestao de graos de polen dessa familia botânica por essa joaninha. Nesse contexto, este trabalho foi conduzido a fim de selecionar especies de plantas cujas flores sejam fonte de polen como alimento alternativo ou complementar para C. maculata na perspectiva de compor a vegetacao dos agroecossistemas para contribuir na conservacao dessa joaninha, e/ou auxiliar na criacao massal da mesma em condicoes de laboratorio. O objetivo do capitulo I foi comprovar a ingestao de polen de tres especies da familia Apiaceae [coentro (Coriandrum sativum L.), endro (Anethum graveolens L.) e erva-doce (Foeniculum vulgare Mill.)] a partir da oferta de suas flores para larvas de 4o instar e adultos de C. maculata. Constatou-se a presenca de graos de polen nas cinco repeticoes de todos os tratamentos, comprovando a ingestao de polen dessas tres Apiaceae a partir de suas flores por C. maculata. Em 24 horas de exposicao, os adultos consumiram em media mais polen de endro em comparacao aos polens de coentro e erva-doce, enquanto que as larvas consumiram mais polen de erva-doce. O objetivo do capitulo II foi determinar a adequabilidade de nove dietas para C. maculata, incluindo oferta de polen de duas especies de Apiaceae (coentro e endro), em condicoes controladas de laboratorio. Apesar das dietas apenas com flores dessas duas Apiaceae nao proporcionarem o desenvolvimento completo de C. maculata, elas usadas com complementacao da alimentacao com ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera: Pyralidae) possibilitam a reducao do periodo larval, aumento no numero de ovos por postura e aumento do peso corporeo. A dieta com larvas vivas de Drosophila melanogaster Meigen (Diptera: Drosophilidae) nao foi so comprovada como alimento essencial como tambem resultou em adultos de maior peso corporeo e um aumento no numero de ovos por postura em comparacao a alimentacao apenas com ovos de A. kuehniella.
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