CONTROLE DO PROCESSO INFECTIVO DE Alternaria alternata PATÓTIPO TANGERINA

A mancha marrom de alternaria (MMA), causada por Alternaria alternata patotipo tangerina, e uma das principais doencas da tangerina, e alternativas ao controle quimico sao requeridas para viabilizar a exportacao de frutos. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi caracterizar o efeito dos tratamentos sobre o processo infectivo de A. alternata patotipo tangerina. Foram pulverizados os seguintes tratamentos em mudas de tangerina: oleo essencial de canela (OEC - 0,1 µg mL-1), t-cinamaldeido (TCA - 250 µg mL-1), Bion (ASM - 800 µg mL-1), Nativo (400 µg mL-1), Recop (2500 µg mL-1), e agua destilada, pulverizados em mudas de Ponkan em casa de vegetacao. Decorridos tres dias, inoculou-se A. alternata, utilizando-se câmara umida por 48 h antes e apos a inoculacao. Ao terceiro dia apos a inoculacao amostras foram coletadas para a aquisicao de imagens em microscopia eletronica de varredura nas faces abaxiais de foliolos. Em foliolos tratados com OEC, foi possivel observar a presenca de apressorios, penetracao da hifa infectiva atraves de estomatos, e pouca colonizacao fungica da superficie foliar. Para os tratamentos com TCA e Bion®, foi possivel observar germinacao de conidios, penetracao por meio de estomatos, e reduzida colonizacao. Foi visivel tambem nos tratamentos com fungicidas comerciais a reducao do crescimento fungico. No tratamento com Nativo® ainda foi verificada penetracao de hifa infectiva. No entanto, para Recop® nao foi observada penetracao, mas a deformacao de micelios proximos a estomatos, antes da penetracao. E possivel ainda que esse fato possa ter ocorrido tambem para o tratamento Nativo®. Apesar de nao terem sido observadas alteracoes morfologicas para OEC, este apresentou resultados promissores para o controle de MMA em testes in vitro e in vivo.