Anticorpos anti-VIH1 e VIH2 em doentes com Tuberculose. Experiência de um trabalho realizado ao longo de 3 anos nas regiões de Lisboa, Barreiro e Santarém

1995 
RESUMO Pretendemos avaliar a taxa de anticorpos anti-VIH1 e anti-ViH2 em doentes com Tuberculose activa. A pesquisa de anticorpos foi realizada por ELISA e confirmada por Western Blot. Incluimos 767 doentes (479 homens e 288 mulheres); 671 eram caucasianos, 76 negros e 20 de outras racas. Dezoito usavam drogas ilicitas por via endovenosa, 35 referiam ter feito transfusoes de sangue fresco e 630 eram heterossexuais. Cento e cinquenta e tres doentes tinham vivido em Africa por periodos variaveis de tempo; 541 doentes (70,5%) tinham Tuberculose pulmonar, 164 (21,4%) tinham Tuberculose extrapulmonar, 44 (5,7%) tinham simultaneamente Tuberculose pulmonar e extrapulmonar, sendo 12 formas miliares e 18 (2,3%) tinham Tuberculose primaria. Identificaram-se anticorpos anti-VIH em 14 doentes (1,8%): 10 anti­VIHl e 4 anti-VIH2; todos os doentes seropositivos eram heterossexuais e um toxicodependente; 5 doentes tinham exclusivamente Tuberculose pulmonar e 9 tiobam localizacoes extrapulmonares (entre estes, estavam todos os doentes com anticorpos anti-VIH2). Encontramos uma prevalencia na nossa populacao de 1,8%, que foi mais elevada na raca negra (3,9%); a seropositividade foi mais frequente nos doentes com Tuberculose extrapulmonar. E aconselhavel a pesquisa sistematica de anticorpos anti-VIH nos doentes com Tuberculose em actividade.
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