Saúde mental e a população de rua na cidade de Nova York: panorama de 1994-2006.

2011 
This article provides an overview of homelessness and mental health in New York City (NYC) over a recent period spanning from 1994 to 2006. This research was based on analysis of the main reports and studies on NYC homelessness and mental health and NYC Shelter System Register data. In 2006, the NYC homeless population was estimated at about 40,000 for any single day. Between 1994-2004, NYC shelters provided services to 416,720 individuals, including 163,438 children. The majority came from impoverished NYC areas. Many came from incarceration, streets and hospitals. Most were minority, particularly African-American. Homelessness had a major impact on morbidity and mortality. For 2001-2003, the HIV/AIDS estimated prevalence of the shelter population was twice that of the NYC adult population, and TB rate was 11 times higher. Two out of three of their hospitalizations were due to substance and alcohol use or mental illness (MI). Between 40-50 percent of single adults users are estimated to have a MI, however, the incidence over several years is much lower. A considerable number had a co-occurring MI and substance abuse history. Their death rate was twice that of the NYC population. Their leading deaths causes were heart disease, cancer, HIV/AIDS and substance abuse. NYC has developed the most extensive shelter service system for homeless people in the world. However, a crisis management approach, rather that addressing the roots of homelessness, has characterized its overall policy. Currently, there is a shift to an approach which seeks to drastically reduce homelessness in the next decade. Este artigo forneceu uma visao geral da saude mental da populacao de rua da cidade de Nova York (NY) no periodo de 1994 a 2006. O estudo baseou-se na analise dos principais relatorios e estudos sobre a saude mental dessa populacao em NY, bem como o de sistemas de cadastro de abrigos da cidade. Em 2006, a populacao de rua atendida em abrigos de NY foi estimada em cerca de 40 mil pessoas em um unico dia. Entre 1994-2004, tais abrigos prestaram servicos para 416.720 pessoas, destas, 163.438 eram criancas. A maioria da populacao era oriunda de areas pobres, de encarceramento, de ruas e de hospitais; pertenciam principalmente a grupos de minorias etnicas como afrodescendentes. A populacao de rua representa um grande impacto na morbidade e mortalidade. Entre 2001-2003, a prevalencia estimada do HIV/Aids na populacao dos abrigos e a taxa de tuberculose foram respectivamente o dobro e 11 vezes maior do que aquela encontrada na populacao adulta de NY. A maioria das internacoes nos abrigos (duas em cada tres) decorreu do uso de substâncias, de alcool ou por doenca mental; 40 a 50% sao adultos solteiros e sofrem de transtorno mental. Um numero consideravel tinha uma comorbidade de transtorno mental e historico de abuso de drogas. A taxa de mortalidade foi duas vezes maior que a taxa de mortalidade da populacao de NY. As principais causas de mortes foram: doencas cardiacas, câncer, HIV/Aids e abuso de substâncias. A cidade de Nova York desenvolveu um sistema de servico de abrigo para moradores de rua mais amplo do mundo. Alem de uma abordagem focada na gestao de crises que busca o enfrentamento das origens da falta de moradia, tem caracterizado a sua politica geral com o objetivo de reduzir a populacao de rua na proxima decada.
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