Mastigação, deglutição e suas adaptações na paralisia facial periférica

2012 
OBJETIVO: caracterizar mastigacao, fase oral da degluticao e possiveis adaptacoes funcionais observadas nos portadores de Paralisia Facial Periferica. METODO: participaram desta pesquisa 30 individuos com Paralisia Facial Periferica grau IV, com historia de ate 30 dias, sem distincao de etiologia e divididos em tres grupos, os que apresentavam a paralisia em ate 10 dias, de 11 a 20 e de 20 a 30 dias. As funcoes mastigacao e fase oral da degluticao foram avaliadas tanto com alimento solido e como com agua natural. Os individuos responderam questoes relacionadas as dificuldades imediatamente apos a instalacao da paralisia. Os dados foram analisados estatisticamente pelo Teste da Razao de Verossimilhanca e pelo Teste Exato de Fisher. RESULTADOS: foram constatadas alteracoes nas funcoes de mastigacao e fase oral da degluticao pela diminuicao do tonus no musculo orbicular dos labios e do musculo bucinador, que diminuindo a pressao intra-oral, favorece o escape de alimento e liquido. A observacao da Fonoaudiologa a variavel "derrama liquido enquanto bebe" apresentou dados estatisticamente significante (p=0,003) nos tres grupos estudados. A variavel "acumulo de alimento entre os dentes e a gengiva no lado paralisado" foi estatisticamente significante nos grupos de 11 a 20 dias (p= 0,002). CONCLUSAO: os individuos da amostra mastigam no lado paralisado com dificuldade, mediante ciclos mastigatorios lentos e inconsistentes. Ocorre um incremento nos movimentos de lingua para limpeza de residuos retidos no vestibulo oral no lado paralisado. Este e o sintoma que mais incomoda o paciente. Apresentam dificuldade no beber de forma continua. Desenvolvem adaptacoes para compensar suas dificuldades funcionais.
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