Arquitetura sísmica do sistema fluvio-estuarino da Baía de Sepetiba preservado na estratigrafia rasa da plataforma adjacente, Rio de Janeiro, Brasil

2013 
A analise de dados de reflexao sismica monocanal Boomer adquiridos na plataforma continental interna-media (ate ~60 m de pro- fundidade) ao largo da Baia de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil, revelou a ocorrencia de uma sucessao sedimentar preservada de 15 – 25 m de espes- sura, sismicamente interpretada como representando ambientes fluvio-es- tuarinos passando para marinhos rasos. A preservacao de unidades de corte e preenchimento de canais estuarinos, de provavel idade Pleistoceno Tardio -Holoceno na plataforma interna-media (ate ~30 km da costa), evidencia, pela primeira vez na area, a existencia de um paleo sistema fluvial bastante desenvolvido preservado na plataforma rasa e correlato a bacia hidrografica a montante que atualmente alimenta a Baia de Sepetiba. Alem disso, uma serie de elementos arquiteturais da sucessao sedimentar estuarina, como ca- nais de mare retrogradantes, registra a evolucao do paleo sistema estuarino de um sistema aberto a um sistema parcialmente protegido durante a ultima deglaciacao. A formacao e erosao de uma sucessao de ilhas-barreira isoladas e canais de mare durante a transgressao marinha que acompanhou a ulti- ma deglaciacao global persistiu ate o desenvolvimento de uma superficie estratigrafica superior na area, interpretada como a superficie de maxima inundacao (MFS) no registro estratigrafico. A ilha barreira atual (Restinga da Marambaia) prograda sobre a MFS como uma feicao deposicional re- gressiva, apontando para uma idade mais jovem do que ~5.8 ka A. P., idade da transgressao maxima na area, de acordo com a literatura disponivel.
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