Tecidos nativos na correção de defeitos de compartimento – casuística de 5 anos

2015 
Resumo Introducao/objetivos Atualmente, o uso de proteses na cirurgia de prolapso dos orgaos pelvicos tem aumentado em detrimento das correcoes baseadas em tecidos nativos, essencialmente pela elevada taxa de falencia atribuida a estes. Os objetivos do estudo foram analisar os resultados obtidos no tratamento cirurgico dos defeitos anterior e posterior da vagina com tecidos nativos e avaliar a taxa de sucesso. Metodos Estudo retrospetivo das 418 cirurgias vaginais para correcao de defeitos dos compartimentos anterior e posterior com recurso a tecidos nativos, realizadas no departamento de uroginecologia, de janeiro 2008 a dezembro 2012. Resultados Na nossa amostra a idade media era de 64 anos, com 90% das doentes em menopausa; 48,1% das mulheres foram histerectomizadas, 78,2% foram submetidas a colporrafia anterior e 72,7% a colporrafia posterior. A correcao do defeito paravaginal anterior realizou‐se em 32,5% das cirurgias e a do posterior em 25,4%. O enterocelo foi corrigido em 68,1% dos casos. A taxa de complicacoes intra e pos‐operatorias foi de 5%. Das 347 doentes avaliadas na consulta pos‐operatoria, foi dada alta a 91,6%. Sete foram posteriormente readmitidas (2,2%). Mantiveram‐se em vigilância 29 mulheres, maioritariamente por prolapso recidivante, que agravou apos um ano de seguimento. Foram reintervencionadas no total 18 mulheres, das quais 13 por recidiva (3,7%). Assim, a taxa de sucesso anatomica foi de 80%. Se forem adicionados os casos assintomaticos, em que nao se obteve cura anatomica, eleva‐se essa taxa para 94%. Discussao/conclusao A taxa de sucesso da correcao de defeitos de compartimento do nosso departamento esta de acordo com a descrita na literatura, com taxas de complicacoes e reintervencoes inferiores.
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