Axel Honneth e a virada afetiva na teoria crítica // DOI: 10.18226/21784612.v22.n.especial.09

2017 
Ao longo das ultimas duas decadas, a amplamente repercutida proposta teorica desenvolvida por Axel Honneth sugere um modelo de racionalidade que, contudo, permanece em larga medida ainda implicito. No presente artigo, proponho que a abordagem de Honneth sugere o que podemos entender como uma virada afetiva na teoria critica. Para tanto, desdobro minha exposicao em quatro passos. Primeiramente, apresento como a categoria do reconhecimento, a partir do sentido adotado por Honneth de uma “transcendencia-imanencia” da teoria social, mostra-se como uma critica aos padroes de racionalidade (1). Isto e, como este sentido constitui-se a partir dos limites de articulacao comunicativas do sofrimento, em um particular entrecruzamento entre padroes de racionalidade e patologias sociais. Em um segundo passo, discuto como uma abordagem do vinculo entre afetos e teoria social e desdobrado em Luta por Reconhecimento (2) , e, em seguida, como ela se distingue do sentido de conteudos afetivos das praxis sociais em O Direito da liberdade (3). Se, em Luta por reconhecimento , uma concepcao de afetos parece ser mais clara a partir do vinculo desenvolvido entre teoria social e teoria da subjetividade, procurarei mostrar que em O direito da liberdade esse conteudo afetivo se apresenta de uma maneira mais plausivel no âmbito de uma teoria das instituicoes, dissociada de fortes premissas antropologicas. Concluo mencionando de forma ainda programatica como o potencial de critica e conflito, presente nas intuicoes originais de Honneth, poderia se manter na analise do conteudo afetivo da praxis social (4). Palavras-chave: Reconhecimento. Afetos. Instituicoes. Teoria critica. Axel Honneth.
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