O COLETIVO DE RESIDENTES ENQUANTO POTÊNCIA INTEGRATIVA DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

2014 
Caracterizacao do problema: Diante das fragilidades observadas na formacao academica tradicional em saude, a Residencia Multiprofissional e em Area Profissional surge para possibilitar um espaco de formacao multiprofissional em servico visando a assistencia, ao ensino, a pesquisa e ao controle social, de acordo com os principios e diretrizes do Sistema Unico de Saude. O Coletivo Gaucho de Residentes em Saude forma-se nesse contexto de investimento na formacao de profissionais para o SUS, possibilitando o encontro dos residentes dos diversos programas do Rio Grande do Sul, operacionalizando reunioes virtuais e presenciais, e ramificando atraves do Coletivo POA as acoes dos residentes da capital. Em Porto Alegre (RS), existiam, em 2013, sete programas de Residencia Multiprofissional, com residentes de diferentes enfases, em sua maioria absorvidos e articulados com as demandas especificas das 60 horas de assistencia, ensino e pesquisa. Ha notavel dificuldade desses programas em reconhecer e incorporar, na carga horaria do residente, atividades de controle social, sobretudo no que tange a militância pelo SUS em espacos nao-institucionalizados. Descricao da experiencia: O movimento de residentes multiprofissionais e um esforco ciclico de atualizar as bandeiras de luta e transmitir a historia de acoes e conquistas vividas na experiencia da residencia com duracao de dois anos. No ano de 2013, o Coletivo Gaucho de Residentes – nucleo POA retomou suas reunioes, acolhendo novos residentes, construindo posturas e discursos coletivos capazes de problematizar a situacao dos residentes e do SUS no Brasil. Efeitos alcancados e recomendacoes: A partir de reunioes quinzenais, somadas as articulacoes virtuais com o Coletivo Gaucho e o Forum Nacional de Residentes em Saude, o Coletivo POA estipulou pautas para tensionar junto aos programas e articular com a movimentacao social, tais como: fortalecimento do vinculo de trabalho; estimulo a formacao politica; implementacao de politicas de atencao a saude do residente; saida dos campos de pratica com parcerias publico-privadas (privatizacao do SUS); garantia e valorizacao da participacao em espacos de controle social (integracao com outros movimentos sociais) na carga horaria do residente; e reconhecimento da titulacao do residente. Reafirma-se, a partir desta experiencia, a potencia dos coletivos de residentes na garantia da participacao social critica e ativa, capaz de integrar diferentes programas no âmbito da luta pelo SUS.
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