RESUMOIntrodução: O Traumatismo Cranioencefálico é uma condição causada por lesões no cérebro devido a impactos na cabeça, com prevalência significativa no Brasil, onde é uma das principais causas de morbidade e mortalidade, especialmente entre jovens adultos. Objetivos: Analisar a tendência temporal dos casos de Traumatismo Cranioencefálico (TCE) no estado de São Paulo, no período de 2014 a 2023. Metodologia: A pesquisa foi um estudo epidemiológica sobre Traumatismo Cranioencefálico em São Paulo de 2014 a 2023, foi utilizada a base de dados do DataSUS como fonte primária. Os parâmetros analisados incluíram registros de casos de TCE estratificados por ano, sexo, faixa etária, tipo de internação, causa externa do trauma e localização geográfica. Resultados: Entre 2019 e 2023, São Paulo registrou 112.414 casos de Traumatismo Cranioencefálico (TCE), com um aumentogradual ao longo desses anos, atingindo um pico de 23.728 casos em 2023. Acapital, São Paulo,liderou em número de casos, totalizando 29.255, seguida poroutras cidades como Campinas, Guarulhos e São José do Rio Preto. A análise porfaixa etária revelou uma prevalência significativa entre os adultos de meia-idade. Houve 12.289 óbitos por TCE durante o período, com uma média de10,93 óbitos por 100 mil habitantes. As taxas de mortalidade variaram entre asregiões, com Araçatuba apresentando a maior taxa média e Franca a menor.Conclusão: Esse panorama destaca a necessidade de medidas preventivasurgentes. A natureza multifacetada do TCE, com suas várias causas, ressalta aimportância de abordagens multidisciplinares na prevenção e tratamento.Palavras-chave: Traumatismo Cranioencefálico; São Paulo; Epidemiologia,Mortalidade
As complicações pós-operatórias em cirurgias abdominais são uma preocupação significativa na prática cirúrgica, impactando diretamente os desfechos clínicos dos pacientes e aumentando os custos hospitalares. Esta revisão integrativa teve como objetivo identificar os principais fatores de risco e as estratégias de prevenção para complicações pós-operatórias em cirurgias abdominais, com base na literatura científica publicada entre 2013 e 2023. Os fatores de risco identificados incluem características do paciente, como idade avançada, presença de comorbidades (diabetes, hipertensão, insuficiência renal e doenças cardiovasculares), estado nutricional comprometido e status imunológico debilitado. Fatores relacionados à cirurgia, como complexidade e duração do procedimento, tipo de cirurgia (emergência versus eletiva) e técnica cirúrgica (aberta versus minimamente invasiva), também foram destacados. Além disso, fatores ambientais, como a eficácia dos protocolos de controle de infecção e a capacitação da equipe médica, mostraram-se críticos para os desfechos pós-operatórios. As estratégias de prevenção mais eficazes incluíram a implementação de rigorosos protocolos de controle de infecção, monitorização intensiva no período perioperatório, intervenções nutricionais pré-operatórias, educação contínua e treinamento da equipe de saúde, e a adoção de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas. A aplicação dessas estratégias foi associada a uma redução significativa na incidência de complicações pós-operatórias. A revisão destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar e personalizada na prevenção das complicações pós-operatórias, enfatizando a necessidade de estratificação de risco dos pacientes e a implementação de medidas preventivas direcionadas. Além disso, sublinha a necessidade de pesquisas futuras para validar as estratégias identificadas e explorar novas abordagens, incluindo a integração de tecnologias emergentes como inteligência artificial e análise preditiva. Em conclusão, a prevenção das complicações pós-operatórias em cirurgias abdominais requer uma compreensão detalhada dos fatores de risco e a implementação de estratégias de prevenção baseadas em evidências. A colaboração multidisciplinar, a educação contínua e a inovação tecnológica são essenciais para melhorar a segurança e a eficácia dos cuidados cirúrgicos, beneficiando tanto os pacientes quanto o sistema de saúde como um todo.