<i>Objective:</i> To report on the initial experience in a single Brazilian university clinic of the use of fetoscopic endotracheal occlusion (FETO) to treat severe isolated congenital diaphragmatic hernia (CDH). <i>Methods:</i> The inclusion criteria for FETO for this prospective study were isolated CDH and intrathoracic herniation of the liver, as well as the lung area to head circumference ratio (LHR) <1.0. The main variables evaluated were LHR and observed to expected (o/e) LHR before and after FETO, gestational age (GA) at FETO, reversal of tracheal occlusion (TO), and birth and discharge of a living child from the hospital. <i>Results:</i> Among 8 isolated left-sided CDH cases with normal karyotypes, the median LHR and o/e LHR before FETO were 0.7 (range: 0.6–0.9) and 0.27 (range: 0.22–0.32), respectively. The median LHR and o/e LHR after FETO were 1.2 (range: 0.9–1.8) and 0.45 (0.31–0.67), respectively. The median GA at FETO, reversal of TO and birth were 26.8 (range: 26–29), 32.5 (range: 31.0–34.0) and 37 weeks (range: 35–37), respectively. Neonatal survival at the time of hospital discharge was 50% (4/8). <i>Conclusion:</i> FETO is feasible at our institution and may help to improve postnatal survival of children with severe CDH in developing countries.
To compare postnatal survival to hospital discharge of fetuses with severe isolated left-sided congenital diaphragmatic hernia, who underwent tracheal occlusion, with that of nonrandomized contemporaneous controls.Experimental nonrandomized controlled study, performed from April 2007 to September 2011. Fetuses with severe isolated left-sided congenital diaphragmatic hernia with liver herniation into the chest and lung area-to-head circumference ratio <1.0, who underwent tracheal occlusion (study group) or expectant management (non-randomized contemporaneous controls), were compared in terms of lung area-to-head circumference ratio and observed/expected lung area-to-head circumference ratio (observed/expected lung area-to-head circumference ratio) at the time of diagnosis, gestational age at birth, and survival to hospital discharge. Modifications in lung area-to-head circumference ratio and o/e lung area-to-head circumference ratio after tracheal occlusion were also analyzed. Fisher's exact test, Mann-Whitney's or Wilcoxon's tests were used for the comparisons.There were no significant differences between the Study Group (TO=28) and Controls (n=13) in terms of the lung area-to-head circumference ratio (p=0.709) and the observed/expected lung area-to-head circumference ratio (p=0.5) at the time of diagnosis and gestational age at birth (p=0.146). The survival to hospital discharge was higher (p=0.012) in the tracheal occlusion group (10/28=35.7%) than in controls (0/13=0.0%). There was a significant increase in lung area-to-head circumference ratio (p<0.001) and observed/expected lung area-to-head circumference ratio (p<0.001) between the diagnosis of the congenital diaphragmatic hernia [lung area-to-head circumference ratio: 0.80 (0.40-0.94); observed/expected lung area-to-head circumference ratio: 27.0 (15.3-45.0)], and the day before retrieval of the balloon [lung area-to-head circumference ratio: 1.2 (0.50-1.80); observed/expected lung area-to-head circumference ratio: 40.0 (17.5-60.0)].There was a significant improvement in the survival rate to hospital discharge of fetuses with severe isolated left-sided congenital diaphragmatic hernia, who underwent tracheal occlusion in comparison to nonrandomized contemporaneous controls.
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A cirurgia fetal constitui tratamento de malformações no período pré-natal, que não são adequadamente corrigidas após o nascimento e tem como objetivo tratar ou evitar a progressão das anomalias. O objetivo deste relato é apresentar um caso de anestesia para correção intra-útero de mielomeningocele. RELATO DO CASO: Paciente com 19 anos, 23 semanas de idade gestacional, sem antecedentes anestésicos, estado físico ASA I, submetida à cirurgia fetal intra-uterina, sob anestesia geral associada à peridural contínua. No pré-operatório utilizaram-se indometacina (50 mg por via retal), metoclopramida (10 mg por via venosa), cimetidina (50 mg por via venosa), e como medicação pré-anestésica midazolam (2 mg por via venosa). No espaço peridural injetou-se bupivacaína a 0,25% com adrenalina (25 mg) associada à fentanil (100 µg), seguida de passagem de cateter cefálico, para analgesia pós-operatória. O útero foi mantido deslocado para esquerda com auxílio da cunha de Crawford. Indução anestésica em seqüência rápida, com fentanil, propofol e rocurônio e manutenção com isoflurano em concentração de 2,5% a 3% veiculado em O2 e N2O (50%). Após histerotomia, realizada com staplin (grampeadores) para promover hemostasia, a região fetal a ser operada foi exposta e a analgesia e imobilidade fetal, foram obtidas com a associação fentanil (10 µg.kg-1) e pancurônio (0,1 mg.kg-1) administrada na região glútea fetal. A pressão arterial sistólica materna foi mantida acima de 100 mmHg, com efedrina em bolus (5 mg), colóides e cristalóides. O líquido amniótico perdido foi substituído por solução fisiológica aquecida. Após correção do defeito fetal, procedeu-se ao fechamento uterino e da membrana amniótica em dois planos, com fio de vicryl e cola de fibrina. Seguiu-se a diminuição gradativa da concentração do isoflurano, e para a manutenção do relaxamento uterino utilizou-se sulfato de magnésio (4 g/20minutos), seguido de infusão contínua (2 g/hora). Ao final da cirurgia injetou-se morfina (2 mg) pelo cateter peridural para analgesia pós-operatória. CONCLUSÕES: A anestesia para cirurgia fetal envolve dois seres, mãe e feto, e o manuseio anestésico exige segurança materno-fetal, anestesia e imobilidade fetal, relaxamento uterino, prevenção do trabalho de parto prematuro e analgesia pós-operatória.
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O tratamento intraparto extra-utero (EXIT) constitui procedimento realizado durante a cesariana, com preservacao da circulacao feto-placentaria, que permite manuseio seguro da via aerea do feto, com risco de obstrucao das vias aereas. O objetivo deste relato foi apresentar um caso de anestesia para EXIT, em feto com higroma cistico na regiao cervical. RELATO DO CASO: Paciente com 22 anos, 37 semanas de idade gestacional, sem antecedentes anestesicos, estado fisico ASA I, submetida ao EXIT para manuseio de via aerea e intubacao traqueal em feto com risco para obstrucao de vias aereas. O procedimento foi realizado sob anestesia geral associada a peridural continua; no pre-operatorio foram utilizados metoclopramida (10 mg) e ranitidina (50 mg), por via venosa. No espaco peridural administrou-se bupivacaina a 0,25% com adrenalina (30 mg) associada a fentanil (100 µg), seguida de passagem de cateter cefalico, para analgesia pos-operatoria. O utero foi deslocado para a esquerda. A inducao anestesica foi feita em sequencia rapida, com fentanil, propofol e rocuronio e a manutencao com isoflurano 2,5% a 3%, em O2 e N2O (50%). Apos histerotomia, procedeu-se a liberacao parcial do feto, assegurando-se a circulacao utero-placentaria, seguindo-se as manobras de laringoscopia e intubacao traqueal fetal. A seguir, foi realizada liberacao total do feto, com pincamento de cordao umbilical, administracao de ocitocina (20 UI) em infusao venosa continua seguida de metil-ergonovina (0,2 mg) por via venosa. Durante o procedimento, a pressao arterial sistolica materna foi mantida acima de 100 mmHg, com efedrina em bolus (5 mg) e cristaloide (3.000 mL). A concentracao do isoflurano foi diminuida gradativamente durante o fechamento uterino. Ao final da intervencao cirurgica o bloqueio neuromuscular foi revertido e injetou-se morfina (2 mg) pelo cateter peridural para analgesia pos-operatoria. CONCLUSOES: As principais recomendacoes para a realizacao do EXIT sao seguranca materno-fetal, relaxamento uterino para manutencao do seu volume, da circulacao utero-placentaria e imobilidade fetal para facilitar o manuseio das vias aereas.
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O tratamento intraparto extra-útero (EXIT) constitui procedimento realizado durante a cesariana, com preservação da circulação feto-placentária, que permite manuseio seguro da via aérea do feto, com risco de obstrução das vias aéreas. O objetivo deste relato foi apresentar um caso de anestesia para EXIT, em feto com higroma cístico na região cervical. RELATO DO CASO: Paciente com 22 anos, 37 semanas de idade gestacional, sem antecedentes anestésicos, estado físico ASA I, submetida ao EXIT para manuseio de via aérea e intubação traqueal em feto com risco para obstrução de vias aéreas. O procedimento foi realizado sob anestesia geral associada a peridural contínua; no pré-operatório foram utilizados metoclopramida (10 mg) e ranitidina (50 mg), por via venosa. No espaço peridural administrou-se bupivacaína a 0,25% com adrenalina (30 mg) associada a fentanil (100 µg), seguida de passagem de cateter cefálico, para analgesia pós-operatória. O útero foi deslocado para a esquerda. A indução anestésica foi feita em seqüência rápida, com fentanil, propofol e rocurônio e a manutenção com isoflurano 2,5% a 3%, em O2 e N2O (50%). Após histerotomia, procedeu-se à liberação parcial do feto, assegurando-se a circulação útero-placentária, seguindo-se as manobras de laringoscopia e intubação traqueal fetal. A seguir, foi realizada liberação total do feto, com pinçamento de cordão umbilical, administração de ocitocina (20 UI) em infusão venosa contínua seguida de metil-ergonovina (0,2 mg) por via venosa. Durante o procedimento, a pressão arterial sistólica materna foi mantida acima de 100 mmHg, com efedrina em bolus (5 mg) e cristalóide (3.000 mL). A concentração do isoflurano foi diminuída gradativamente durante o fechamento uterino. Ao final da intervenção cirúrgica o bloqueio neuromuscular foi revertido e injetou-se morfina (2 mg) pelo cateter peridural para analgesia pós-operatória. CONCLUSÕES: As principais recomendações para a realização do EXIT são segurança materno-fetal, relaxamento uterino para manutenção do seu volume, da circulação útero-placentária e imobilidade fetal para facilitar o manuseio das vias aéreas.