Introdução: Os enfermos que estão em internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão suscetíveis a desenvolver Lesão Por Pressão (LP). Prevenir esse agravo é uma função crucial na assistência à saúde. Objetivo: Descrever a experiência do desenvolvimento de um Planejamento Estratégico Situacional para prevenção de LP em uma UTI. Médoto: Trata-se de um relato de experiência onde foi realizada uma fase de identificação de problemas, e a alta incidência de LP foi escolhida como a problemática mais recorrente. Com o objetivo de apoiar a equipe na implementação da prática de prevenção de LP, os discentes produziram o relógio de mudança de decúbito, e foi executado atividades educativas com a equipe, para conscientizar sobre as práticas recomendadas para prevenção de LP, foi produzido também um material de apoio ilustrativo, contendo informações para aumentar o contato dos profissionais com o assunto e ser um guia de consulta rápida de informações. Resultados: Facilitadores: apoio, incentivo e motivação da enfermeira coordenadora. A equipe multiprofissional demonstrou total disposição em adquirir novos conhecimentos e práticas, se mostraram interessados em colaborar, aprender e adaptar-se às novas práticas. Dificuldades: aceitação pelos técnicos de enfermagem em encarar a ação proposta como uma atividade a mais a ser realizada, tendo em vista as queixas de sobrecargas de trabalho. Conclusão: Foi possível fortalecer a importância da mudança de decúbito, como também, ressaltar o direito e dever quanto à segurança do paciente, lançando mão de estratégias de conscientização, educação e implementação de uma nova prática que antes não era realizada.
Em 2020 no Brasil iniciou - se uma problemática gerando situações desafiadoras relacionadas a uma emergência em saúde pública, a pandemia por coronavírus 2019 (Covid-19), a realização de atividades de extensão universitária foi readequada devido ao distanciamento social. Para o desenvolvimento do projeto de extensão- Shantala e seus benefícios na estratégia de saúde da família, vinculado à população composto por profissionais e futuros profissionais da enfermagem, foi necessário um acompanhamento dinâmico, através dos espaços virtuais, com readequação de suas atividades. Este relato de experiência foi desenvolvido por discentes do curso de enfermagem que atuaram no projeto entre 2019 e 2021, contando as atividades desenvolvidas e suas impressões ao longo do desenvolvimento do projeto. Buscando ferramentas para auxiliar nesse novo contexto, foram escolhidas três plataformas/redes sociais digitais: Instagram, Whatsapp e Google meet para produção e compartilhamento de conteúdo. Essas atividades virtuais proporcionaram aptidão no manuseio com as ferramentas tecnológicas até então subutilizadas, favoreceu o estabelecimento de vínculo com as pessoas, além de garantir a continuidade do projeto e a disseminação de conhecimento.
A resposta hidrologica e a forma pela qual uma bacia responde com escoamento a precipitacao que cai no solo, sendo definida como a razao entre o runoff e a precipitacao. Ha uma relacao bastante evidente do regime de precipitacao e vazoes nos rios da Amazonia e a influencia do fenomeno ENSO - El Nino/Oscilacao Sul. O objetivo deste trabalho e analisar a possivel influencia do fenomeno ENSO - El Nino/Oscilacao Sul, na vazao observada em uma sub-bacia Amazonica no estado do Para/Brasil (Regiao Hidrografica do Xingu), atraves da simulacao da resposta hidrologica anual, analisada para cada estacao selecionada na regiao. Para o calculo da resposta hidrologica, estabeleceu-se um atraso (lag) de um mes para a vazao, em relacao a precipitacao, visto que os picos de vazao ocorrem, em media, um mes depois dos maiores eventos de precipitacao. Foi verificado que para valores de resposta hidrologica anual, em alguns anos de evento La Nina (El Nino), as estacoes estudadas apresentaram com maior frequencia valores abaixo (acima) da media climatologica observada, o padrao de resposta hidrologica anual encontrado nao concorda com o regime de precipitacao experimentado pela Bacia Amazonica em anos de La Nina e El Nino. Uma nova metodologia deve ser utilizada, para avaliar os padroes de reposta hidrologica na bacia, reduzindo a escala temporal para mensal e trimestral, para poder capturar melhor o sinal do ENSO na reposta hidrologica da regiao em estudo.
O objetivo deste estudo foi apreender as Representações Sociais de enfermeiras/os sobre a sífilis gestacional. Estudo qualitativo ancorado na Teoria das Representações Sociais, realizado com 12 enfermeiras atuantes na zona urbana de um município do interior da Bahia. A coleta de dados ocorreu de novembro a dezembro de 2023, por meio de um roteiro de entrevista e dados de caracterização das participantes. O corpus textual das entrevistas foi processado no software IRAMUTEQ o qual conformou a Classificação Hierárquica Descendente (CHD) e a Árvore máxima de similitude. A partir da CHD emergiram sete classe, organizadas em três categorias intituladas: O cuidar da sífilis gestacional no ambiente/espaço da Atenção Básica; As estratégias utilizadas para a participação do parceiro como forma complementar da assistência à gestante; e O fazer da enfermeira/o no processo de diagnóstico e tratamento da sífilis gestacional. A árvore máxima de similitude comportou dois núcleos de sentido representados pelos termos paciente e sífilis, os quais apresentaram maior poder de conexidade. As representações sociais das Enfermeiras foram ancoradas na dimensão atitudinal, com destaque na abordagem técnica, onde o tratamento aparece como elemento de centralidade.
Descrever como pessoas infectadas com o vírus Chikungunya lidam com as sequelas da doença. Trata-se de um estudo de natureza exploratória e abordagem qualitativa em um município do centro-norte do estado da Bahia. Inicialmente buscou-se nas fichas de notificação no setor de vigilância epidemiológica a identificação de casos em pessoas acima de 18 anos, com comprovação laboratorial há mais de seis meses do diagnóstico. Foram obtidas 11 entrevistas que ocorreram nos domicílios dos/as participantes, em setembro de 2022. Os dados foram tematizados e geraram uma Nuvem de Palavras e Classificação hierárquica descendente com uso do software Iramuteq. As participantes foram em maior número do sexo feminino, com média de 60 anos. A Categoria 1 retratou a lida no momento do adoecimento e comportou vocábulos como sintomas e desconfortos vivenciados após o diagnóstico. A Categoria 2 apresentou o lidar com sequelas ao longo de 7 ou 8 anos do adoecimento, refletindo as dificuldades cotidianas e limitações da doença, com os termos “remédio” e “tratamento” que parecem expressar a persistência na busca da cura da doença. Na fase crônica, ainda se percebe que a terapia não traz resultados significativos. Essa insegurança se perpetua, gerando inquietude quanto a oferta de serviço de saúde, que impacta na perda do vínculo, já que, não existe melhora do quadro, nem oferta de um tratamento terapêutico eficaz.
É necessário a produção de material científico sobre as arboviroses, como a análise de cada agravo no período de 2019 a 2023, mostrando-se salutar para o desenvolvimento técnico-científico na promoção de ações integradas em vigilância em saúde. Objetivo: Descrever as taxas de incidência das arboviroses no estado da Bahia no período de 2019 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com dados secundários registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus do estado da Bahia, por macrorregião, nos anos de 2019-2023, coletados em janeiro de 2024. Foi realizado o cálculo da taxa de incidência por macrorregião em cada ano. Os dados foram organizados no editor de planilhas e o Excel possibilitou a formulação de gráficos. Resultados: Em todas as macrorregiões houve aumento recorrente das taxas de incidência de infecções causadas pela arboviroses. Com relação à Dengue, a macrorregião Oeste foi a que obteve maior incidência durante o período observado. O aumento dos casos de Chikungunya foi maior na macrorregião Centro-Leste. Entre os anos de 2019-2023 foi perceptível que as três arboviroses foram continuamente notificadas em todas as macrorregiões do estado da Bahia e apresentam taxas de incidência bastante variadas, com indícios de deslocamento dos picos entre as macrorregiões, além do fenômeno da tríplice infecção em algumas macrorregiões. Conclusão: A pandemia da COVID-19 parece ter influenciado na subnotificação de casos de arboviroses entre 2020-2022 devido à queda significativa na incidência nas macrorregiões: Leste, Centro-leste, Norte, Nordestes, Sul, Sudoeste e Extremo-sul, nesse período.
OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da sífilis adquirida por macrorregião no estado da Bahia-Brasil, nos anos 2018–2022. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo ecológico, descritivo, retrospectivo, utilizando a base de dados do SINAN, por macrorregião de saúde, considerando as variáveis: ano de notificação, raça/cor, sexo e faixa etária. Os dados foram organizados e calculou-se a prevalência e letalidade no Microsoft Excel. RESULTADOS: O estado apresentou uma média de 9 mil casos por ano. A macrorregião Leste contabilizou 21.416 casos, representando mais da metade dos casos nos cinco anos. Entre os anos de 2020 e 2021, observa-se redução no número de casos notificados em todas as macrorregiões, período concomitante a pandemia do COVID-19. Houve maior prevalência no sexo masculino (56,7%), na faixa etária de 20 e 34 anos (43,8%) e raça/cor autodeclarada parda (45,31%) em todas as macrorregiões. As maiores taxas de letalidade foram registradas nas macrorregiões Centro-Norte (2,34%) e Nordeste (1,93%). CONCLUSÕES: As macrorregiões Nordeste e Centro-Norte apresentaram menores notificações. As maiores taxas de letalidade foram registradas nas macrorregiões Centro-Norte e Nordeste. Verifica-se a necessidade de realizar busca ativa, campanhas de testagem e educação em saúde para população jovem e do sexo masculino, principalmente na macrorregião Leste.